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Drik Barbosa durante entrevista ao Direto da Gazeta | Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
A cantora e compositora Drik Barbosa começou 2025 só com boas notícias: novo single, um show concorrido no Lollapalooza e uma turnê pelo País. Ela sabe sobretudo que, após episódios duros, chegou o momento de dar vazão a uma personalidade mais ousada no rap, do R&B e do afropop.
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Nos últimos anos, Drik conviveu com um problema na garganta, que poderia ter deixado sequelas para toda a vida. A recuperação demorou, trouxe forte ansiedade, mas hoje está totalmente recuperada.
Nesta entrevista, ela conta como se aproximou da música ainda como moradora de uma comunidade na Vila Mariana, como o rap mudou a sua vida e como as mulheres precisam se impor em um movimento ainda tão masculino quanto o hip hop.
Com uma série de singles lançados desde 2012, a artista também deu vida ao álbum que leva o seu nome em 2019, em que de fato se mostrou de forma individual ao grande público.
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O convite para comandar um dos shows do Lollapalooza foi um divisor de águas para a artista. Ela já tinha participado em outras edições, mas no palco de outros artistas, e pela primeira vez pôde montar uma apresentação como quis, da cenografia ao figurino, dos dançarinos ao repertório.
O espetáculo, que se chama “Aprendi me amar” e agora sairá pelo País, contou com participações de Karol Conká, Stefanie e Budah. “Era um sonho muito grande fazer esse show só meu no Lolla. Foi muito emocionante, ainda mais por ter participações de mulheres que sou fã”, exaltou.
Agora, a turnê segue para outras cidades, em uma mistura única de rap e R&B que desenvolveu durante a carreira, mas com letras que mostram este novo momento.
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O destaque da agenda de “Aprendi me amar” é a apresentação marcada para o João Rock, em Ribeirão Preto, em 14 de junho.
“O título é autoexplicativo. Já me amei menos, mas aprendi a me amar”, revelou.
Ela, que cresceu na comunidade de Sousa Ramos, na Vila Mariana, começou a se aproximar da música ainda pelo que ouvia em casa e com os vizinhos.
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Na adolescência se apaixonou pelo rap, e passou a participar com apenas 14 anos de eventos e a arriscar as primeiras letras, batalhas e apresentações.
Ela sempre sentiu que o rap é um ambiente bastante machista, principalmente em seu início, e que as dificuldades eram dobradas para quem era mulher.
Nunca, porém, quis abdicar da feminilidade, apesar de às vezes colocar um batom vermelho ou uma roupa mais ousada pudesse ser malvisto pelos homens mais velhos do hip hop.
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Decidiu passar por cima disso e sempre usar o que queria, seja moda street, sejam roupas e acessórios que exaltem a sua feminilidade.
“É muito triste quando uma mulher precisa se podar de alguma forma para poder cantar e expressar o que sente. Hoje, a gente vê Duquesa, Ajuliacosta, Luana, cada uma com seu estilo, cada uma trazendo essa sensualidade, essa feminilidade, sempre num sentido de poder”.
Segundo ela, o hip hop tem melhorado na questão, mas ainda há um caminho longo para chegar ao ideal.
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“Infelizmente, a gente vê ainda muita falta de respeito, inclusive em letras de músicas. Mas temos mudado isso, com mais mulheres incríveis no palco, lançando suas obras e falando de uma perspectiva feminina”, analisou.
“É aquilo de: ‘Olha, vocês não vão falar mais assim da gente’. Fico muito feliz de ver quantas mulheres estão falando: ‘filho, você não tem mais espaço aqui, não”. Os caras estão começando a entender isso”.
Contratada pela Lab Fantasma há mais de 10 anos, Drik preferiu não comentar a crise entre Emicida e Fióti, irmãos que desfizeram sociedade histórica após desentendimentos que vieram à público no início deste ano.
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Segundo outras publicações, a artista está de saída do selo. À Gazeta, ela garantiu que mantém boa relação com todos os envolvidos, inclusive com Rael, outro artista da LabFantasma, a quem chamou de “irmão”.
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