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Entretenimento
As conversas entre os humoristas expostas mostram um clima amistoso e de flerte entre ambos, mas não comprovam que as denúncias de Calabresa são falsas, ou verdadeiras
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Marcius Melhem | Reprodução/Rede Globo
O Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu o ex-diretor de humor da Globo Marcius Melhem de publicar nas redes sociais, ou repassar para a imprensa, prints de conversas virtuais que trocou no passado com a atriz Dani Calabresa, que o acusa de assédio moral e sexual. A decisão veio à tona nesta quinta, noticiada pelo site Noticias da TV, do Uol, e confirmada pela Folha de S.Paulo.
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A decisão da Justiça em proibir Melhem de publicar ou repassar prints de conversas trocadas com Calabresa chega um mês depois de o colunista Ricardo Feltrin, do Uol, publicar algumas dessas mensagens que estão em segredo de Justiça e constam entre os autos da investigação do caso.
Na coluna de Feltrin, as conversas de WhatsApp entre os humoristas expostas -datadas de 2016 a 2019- mostram um clima amistoso e de flerte entre ambos, mas não comprovam que as denúncias de Calabresa são falsas, ou verdadeiras.
"Embora Marcius Melhem defenda que tudo deveria ser aberto e transparente para que a opinião pública conheça toda a verdade, sempre atuou com total lealdade processual e respeito absoluto ao sigilo. A luta de
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Dani Calabresa por manter as trocas de mensagens em segredo já mostra de que lado está a verdade", diz a defesa do ator, em nota.
"As 12 mulheres que denunciaram Marcius Melhem por assédio moral e sexual têm mantido absoluto respeito ao sigilo dos processos, até mesmo para proteger os nomes de terceiros envolvidos", diz a nota dos advogados das denunciantes. "Lamentamos os constantes vazamentos que têm acontecido, sempre com versões que atacam as vítimas, defendem os pontos de vista do acusado e em momentos que a ele interessam. Acreditamos na Justiça e temos certeza de que a verdade vai prevalecer."
A primeira denúncia contra Melhem foi feita por Calabresa, em 2019, mas veio a público sem muito alarde, ainda como um caso de assédio moral.
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No ano seguinte, a advogada Mayra Cotta, representando 12 pessoas, afirmou à coluna da Mônica Bergamo que Melhem tinha agido de forma violenta contra várias artistas. Ela relatou ainda a série de denúncias que existiam contra ele, sendo a maioria de assédio sexual. Melhem, porém, sempre negou que tenha assediado as atrizes.
Depois de colher depoimentos da denúncia coletiva, o inquérito foi encerrado e, neste ano, deu origem a uma ação apresentada ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, que ajuizou uma ação civil pública contra a TV Globo por causa das denúncias. Na época, a emissora afirmou desconhecer a ação que não comenta processos que estejam sub judice.
Atualmente, há uma investigação na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, no Rio, uma ação cível movida por Melhem contra Calabresa por danos morais e materiais, outra movida por ela contra ele por ter divulgado mensagens de ambos, e outra contra a TV Globo por suposta omissão em relação aos fatos narrados pelas artistas denunciantes.
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