Entre em nosso grupo
2
Entretenimento
Fausto Fanti brilhou na MTV e era considerado um gênio, por levar para as telas um retrato do Brasil com humor anárquico, nonsense e pastelão
Continua depois da publicidade
O humorista Fausto Fanti | Divulgação/MTV
Em 30 de julho próximo faz 10 anos da morte de Fausto Fanti, o líder do quinteto de humor Hermes e Renato, que fez história na MTV e teve passagens pela Record e pela Fox. Ele tinha apenas 35 anos.
Continua depois da publicidade
Fausto iniciou a trajetória artística na década de 1990 na cidade de Petrópolis, no interior do Rio, ainda de forma amadora. Nessa época já estava ao lado dos companheiros que lhe acompanhariam vida afora: Marco Antônio Alves, Felipe Fagundes, Adriano Silva e Bruno Sutter.
Ao mandar uma fita de VHS para a MTV, em 1999, Fausto conseguiu que o Hermes e Renato passasse a fazer participações fixas na emissora paulista. O primeiro episódio foi o do Bingo da Amizade, com um humor anárquico, nonsense e pastelão. Sobretudo, como um grande retrato escrachado do Brasil real.
O Hermes e Renato deu ao Brasil personagens que se tornaram parte da cultura nacional: Joselito, o jovem violento e sem-noção; Boça, o paulistano pouco esperto e que se empolga com os temas mais desinteressantes existentes; Detonator, o líder de rock com voz fininha e; Hermes e Renato, a dupla de malandros cariocas que sempre se dava mal no fim.
Continua depois da publicidade
Os episódios traziam uma visão sobre o povo brasileiro poucas vezes vistas, principalmente com releituras de personagens da cultura pop nacional.
Em 2009, com a decadência da MTV, o grupo resolveu migrar para a Record, para participar do Legendários, comandado por Marcon Mion. Apesar de ter uma liberdade menor, o quinteto construiu programas épicos, como os do quadro Repórter Boato.
Três anos depois, o grupo retornou à MTV, emissora que acabaria logo depois. Tempo suficiente para fazer novos esquetes que se tornaram clássicos.
Continua depois da publicidade
O grupo foi anunciado para estrear na Fox no fim de 2014. Não deu tempo. Fausto foi encontrado morto em casa. Ele sofria de depressão.
“A gente nunca imaginaria que um líder intelectual de um grupo tivesse depressão. A gente pensava, erroneamente, que o cara com depressão não consegue levantar da cama, mas não é isso. É o cara que tem uma vida normal, mas tem uma tristeza profunda que não sabe o porquê”, analisou Sutter, o companheiro de grupo, anos depois.
"Era um gênio", resumiu a também humorista Tatá Werneck.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade