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Aparecida. As imagens e histórias dos pontos turísticos podem ser visitados na página do Facebook da Prefeitura | / Rubens Chaves/Folhapress
A Covid-19 causou algo inimaginável até então: cidades paradas, movimentação de voos, ônibus e navios limitada ao mínimo necessário, pessoas saindo de máscaras nas ruas...uma verdadeira mudança de hábitos e perspectivas. Mas a vida não para, e a vontade que milhões de pessoas têm de viajar não se arrefeceu com o coronavírus.
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O turismo é um dos setores mais afetados: até março, de acordo com uma pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) divulgada em abril, o setor amargou um prejuízo de quase R$ 12 bilhões na segunda quinzena de março, comparada com o mesmo período do ano anterior.
Pensando no futuro, o Centro de Inteligência da Economia do Turismo, ligado à secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, fez uma pesquisa com as prefeituras de 150 estâncias turísticas paulistas para saber como estão se organizando para voltar a receber turistas assim que a pandemia acabar.
Foram dezenas de boas práticas que o estudo identificou - e algumas delas podem ser reproduzidas em outras regiões. Jundiaí (a 60 km da Capital), na região de Campinas, criou o projeto "Deguste em Casa": restaurantes, adegas, vinícolas, cervejarias e outras empresas de turismo rural foram cadastradas, e elas fornecem seus produtos para entregar em casa ou retirar no local.
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Já o distrito de São Francisco Xavier, que pertence a São José dos Campos (90 km da Capital), no Vale do Paraíba, uma iniciativa de empresários chama a atenção. É o "Voucher Sócio Econômico": um desconto de até 20 % para ser utilizado em pousadas, restaurantes, lojas e outros empreendimentos, depois da pandemia.
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Aparecida, a 180 km da Capital, onde está a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, criou uma ação virtual para aproximar os visitantes da cidade: semanalmente, a prefeitura divulga, na sua página do Facebook, imagens e histórias de seus principais pontos turísticos.
A cidade conhecida pelo bordado, Ibitinga (350 km da Capital), está desenvolvendo um sistema de vendas pela internet para que os artesãos que já participam da tradicional Feirinha de Artesanato continuem produzindo e vendendo seus produtos.
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Outras ações realizadas chamam a atenção, como o incentivo aos serviços de entrega e drive thru em propriedades rurais, bares e restaurantes; reforma e limpeza das atrações turísticas; programas de capacitação do turismo da cidade (como funcionários das esferas pública e privada ligados ao setor e empresários); e tão importante quanto, a manutenção dos salários dos trabalhadores das pousadas e demais empreendimentos turísticos.
GARANTIA DE PROTEÇÃO
O governo federal também está estudando a volta da atividade turística no país. O Ministério do Turismo lançou, em 8 de maio, o selo “Turista Protegido”, que atesta a segurança de estruturas turísticas nos quesitos higiene e limpeza. É a primeira etapa do programa Plano de Retomada do Turismo Brasileiro, que desenvolve regulamentações sanitárias para empresas do setor. No total, o programa prevê 16 protocolos de boas práticas, e eles serão classificados de acordo com o tipo de serviço prestado, como hotéis, agências de turismo, locadoras de veículos, transportadoras, parques temáticos, casas de espetáculos e guias de turismo. Assim, o ministério pretende minimizar os prejuízos ao setor causados pelo coronavírus.
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Para ter esse selo, o estabelecimento ou serviço precisa estar vinculado ao Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur). Eles devem prestar orientações básicas aos turistas – e isso inclui higienização das mãos, verificar, todos os dias, se os turistas apresentam febre, tosse ou falta de ar (especialmente para o setor hoteleiro), além de fazer a limpeza dos locais de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde. Assim, as cidades turísticas brasileiras poderão voltar a receber turistas com toda a segurança.
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