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Dorival Júnior foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil em 2022, porém mesmo assim não teve seu contrato renovado | Gilvan de Souza/Flamengo
A surpreendente eliminação do Flamengo na semifinal do Mundial levantou o maior questionamento desde a saída de Dorival Júnior, técnico campeão da Libertadores e Copa do Brasil: valeu a pena a troca do comando técnico as vésperas do torneio do Mundial de Clubes?
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Em entrevista ao ge e à TV Globo, o vice de futebol garantiu que o Flamengo não manteria Dorival Júnior, independentemente de trazer do substituto.
"Entendo a pergunta, é pertinente, assim como o questionamento da torcida quando os resultados não vêm. O Flamengo, na Libertadores, teve o maior aproveitamento da história de um clube. Ganhou 12 de 13 jogos, e o empate aconteceu um em um impedimento de quase um metro, porque não tinha VAR. Temos confiança no grupo, que é vencedor e campeão. A gente tinha aqui dentro uma análise bem clara e bem transparente de que precisava fazer a troca do comando, e assim foi feito. Pode ter tido um ponto fora da normalidade nesse sentido (resultados), mas você tem alguns itens na hora de analisar o que você busca no comando de uma equipe. E a gente entendeu que precisava ser trocado. Foi trocado, e em um segundo momento veio a situação do Vítor Pereira. A gente entendia que teria que ser trocado. É diferente de ser trocado pelo Vítor Pereira. A gente entendia que tinha quer ser trocado. Apenas isso," detalhou o dirigente.
O dirigente afirmou que mesmo que Vítor Pereira não aceitasse a proposta, outro treinador seria contratado.
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Braz ainda enfatizou que a questão financeira não foi a única a influenciar na decisão pela interrupção do trabalho de Dorival:
"Quando você está dentro de uma negociação, de uma análise de renovação, você analisa o custo-benefício e todos os itens. Se falar para você que teve questão financeira somente, seria muito raso. A gente analisa todos os aspectos, inclusive esse", afirmou.
Braz abordou também a chegada de Vítor Pereira. O dirigente afirmou que o Flamengo já o conhecia antes mesmo da chegada ao Corinthians e, por isso, o contratou com bastante confiança no sucesso.
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"A contratação do Vítor foi com convicção, isso é o mais importante para deixar claro. Não é porque perdemos duas finais que vou mudar o meu discurso. A gente entendeu internamente que precisaria fazer essa mudança e assim foi feito. O Vítor não é um nome analisado no curto prazo pelo Flamengo. Já conhecia o trabalho, assim como do Jorge Jesus. O Vítor ficou conhecido no Brasil pelo trabalho do Corinthians, mas nós já tínhamos outra análise (inclusive foi um dos avaliados para substituir Renato Gaúcho no início de 2022). É um técnico que já está adaptado ao Brasil, o que contou muito. É profundo conhecedor dos adversários. Achamos que seria um facilitador enorme para um bom trabalho aqui", afirmou o dirigente.
Marcos Braz admitiu, porém, que o Flamengo arriscou alto ao fazer a troca com o Mundial batendo à porta e diante de um intervalo de 38 dias entre o primeiro treino dado por Vítor Pereira e a estreia no torneio:
"Se eu não soubesse desse risco não poderia estar no cargo que estou. A gente sabia desse risco. Você não pode imputar somente ao tempo de trabalho o resultado, que não foi o que queríamos entregar. A diretoria do presidente Rodolfo Landim está há quatro anos fazendo muita entrega, bem acima da média histórica (do Flamengo). Foram duas Libertadores, dois Brasileiros, uma Recopa, duas Supercopas. Tínhamos uma expectativa maior de chegar à final de um Mundial. Quando não se chega, evidente que existem os questionamentos. Vamos avaliar o que poderia ter sido feito melhor", disse.
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