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Esportes
Segundo nota, o intuito é apurar quais companhias estão atuando no mercado brasileiro
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Um levantamento da Odds Scanner aponta que a Série A do Brasileiro, proporcionalmente, é quem tem a maior abrangência de parceria entre sites de apostas e clubes | Divulgação
O governo federal informou que fez uma notificação a clubes, federações e também à Globo na qual pede cópias dos contratos de patrocínio firmados com empresas de apostas esportivas. A iniciativa é da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça e abrange grandes clubes, como Flamengo, Palmeiras, Corinthians e São Paulo.
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Segundo nota, o intuito é apurar quais companhias estão atuando no mercado brasileiro. A Senacon "entende que a atividade pode estar sendo explorada sem a devida autorização e sem qualquer mecanismo de controle, fiscalização ou prestação de contas".
A notificação abrange 54 entidades, entre clubes, federações e a própria Globo. Os citados terão dez dias para responder. A lista de clubes é abrangente, já que as empresas de apostas estão com grande presença nos clubes. Todos os clubes da Série A são patrocinados por algum site de apostas.
Atlético-MG (Betano), Atlético-GO (Amuleto Bet), América-MG (Pixbet), Avaí (Pixbet), Botafogo (Blaze), Fluminense (Betano) e São Paulo (Sportsbet.io) empresas do ramo como patrocinador master, aquele que ocupa o espaço mais nobre no uniforme e, portanto, paga mais.
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Um levantamento da Odds Scanner aponta que a Série A do Brasileiro, proporcionalmente, é quem tem a maior abrangência de parceria entre sites de apostas e clubes. Quem mais se aproxima é Portugal, com 16 de 18 clubes patrocinados:
1 - Brasileirão Série A (Brasil): 20 de 20 clubes
2 - Liga Portugal (Portugal): 16 de 18 clubes
3 - Premier League (Inglaterra): 8 de 20 clubes
4 - Ligue 1 (França): 6 de 20 clubes
5 - Liga Profesional (Argentina): 6 de 28 clubes
REGULAMENTAÇÃO
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O questionamento do governo se dá em um contexto no qual as apostas esportivas de quota-fixa ainda não foram regulamentadas no Brasil, embora uma Lei Federal de 2018 determinasse a criação delas.
Só que a falta de regulamentação gerando um vácuo no mercado nacional. Muitas das empresas que exploram a atividade no mercado brasileiro não têm sede no país, o que faz com que receitas geradas pela atividade não fiquem por aqui.
"É improvável que o setor comece a desacelerar tão cedo no país. O que é possível é que o Brasil se inspire em países que já convivem há um tempo com as apostas e implemente rapidamente um conjunto de leis que observe também publicidade dessas companhias, principalmente no âmbito esportivo, de forma a evitar qualquer suspeita de influência nos jogos de futebol", disse Gonçalo Costa, CEO da Odds Scanner.
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Na aposta de quota-fixa, o apostador tenta prever o resultado de jogos de futebol, os placares, o número de cartões aplicados, entre outros itens. A diferença para outras loterias é que, no momento da aposta, o consumidor já sabe o quanto poderá ganhar em caso de acerto. Essa previsão é dada por meio de um multiplicador (a quota-fixa) do valor apostado.
"Atuamos com as principais plataformas e imagino que seja um movimento para entender o quanto que esse mercado mobiliza no principal esporte do país. Até em razão disso, também acho primordial a regulamentação das casas de apostas. Vai trazer muito mais credibilidade e transparência para todos os envolvidos", disse Bernardo Pontes, sócio da BP Sports, agência especializada em marketing e patrocínio esportivo.
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