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CRISE ECONÔMICA

Shoppings da cidade de São Paulo acumulam ações de despejo

Para diretor da Alshop, porém, não é de interesse dos shoppings entrar com ações, e situação é menos grave do que parece; leia entrevista

Bruno Hoffmann

Publicado em 12/05/2021 às 13:25

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Seis shoppings tradicionais na cidade de São Paulo acumulam ações durante o período de pandemia / / Cesar Conventi /Fotoarena/Folhapress

Seis shoppings tradicionais na cidade de São Paulo (Iguatemi, Morumbi, Center Norte, Eldorado, Paulista e Anália Franco) acumulam pelo menos 84 ações de despejo contra lojistas desde o ano passado, de acordo com levantamento do escritório Cerveira, Bloch, Goettems, Hansen & Longo. A maior parte dos processos tem relação com a falta de pagamento do aluguel do ponto, e ocorreu após o início da pandemia da Covid-19 e, consequentemente, das diversas fases de restrições ao funcionamento das atividades comerciais na capital paulista.

Em entrevista à Gazeta, o diretor institucional da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Luis Augusto Ildefonso, explica que as ações não são tão grandes quanto parecem e tendem a melhorar, porque não interessa aos administradores de centros comerciais deixarem espaços vagos em um momento de crise econômica.

“Havendo a saída do lojista, é um espaço que fica vazio, a vacância aumenta, e na atual conjuntura não interessa vacância para os shoppings, porque está difícil de pegar novos lojistas pelo quadro econômico que vivemos”, diz ele.

“O que a gente tem sentido não é uma quantidade absurda [de ações de despejo]. Embora haja algumas ações na Justiça, a grande maioria de lojistas de shopping tem procurado entrar em acordo. É muito melhor para o shopping um acordo do que um processo judicial, que demora muito”, completa.

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Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) - Divulgação

O diretor da Alshop também explica que, em casos excepcionais, os shoppings usaram a situação para tirar lojistas que não estavam dando o interesse comercial esperado pelo estabelecimento.

“Nesse caso pode ser que a relação endureça um pouco. Porque o shopping, em raros casos, teve o interesse de tirar esse lojista porque ele não estava dando o retorno esperado. Mas os que estão com vendas fracas por causa da pandemia mas que a marca é boa e que no cotidiano a relação tem sido boa financeiramente, o shopping jamais faria isso”.

A Alshop e a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) convocaram lojistas e administradores de shoppings para reuniões virtuais após o novo endurecimento do Plano São Paulo, em março deste ano. Segundo Ildefonso, os encontros geraram muitos acordos.

“Porém, não existe um padrão de acordo, redução de 30%, de 40%, ou que momentaneamente se troca a indexação. Cada caso é um caso. Shopping não negocia nada no atacado”, finaliza.

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