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As plantas carnívoras impressionam pela habilidade de adaptação | Reprodução/YouTube
As plantas carnívoras despertam fascínio por sua capacidade única de capturar e digerir presas, mas por trás dessa aparência “selvagem” existe toda uma lógica evolutiva e bioquímica surpreendente.
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No vídeo True Facts: Carnivorous Plants, somos apresentados a diversas curiosidades sobre esses vegetais devoradores, desde os mecanismos de atração até os truques de sobrevivência em ambientes difíceis.
Embora muitas pessoas pensem que as plantas carnívoras são ferozes assassinas, a verdade é que sua “fome” é uma adaptação refinada: elas evoluíram para viver em solos pobres em nutrientes e, por isso, desenvolveram estratégias para suplementar sua nutrição com insetos e outros pequenos animais.
As plantas carnívoras usam diversas estratégias para enganar suas presas. Algumas, como as jarros (Nepenthes), têm folhas em forma de “copo” que brilham ou possuem néctar para atrair insetos. Outras, como a dioneia, contam com lóbulos semelhantes a bocas e pelos sensíveis que disparam a armadilha.
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Esses mecanismos não são simplesmente físicos: há também sinais químicos e visuais. O néctar e as cores servem como isca, enquanto a estrutura das folhas é adaptada para garantir que a presa entre e tenha dificuldade para escapar
Nem todas as armadilhas funcionam da mesma forma. As dioneias (apenas um exemplo) possuem armadilhas que se fecham rapidamente quando os pelos internos são estimulados, mas não basta um único toque: muitos desses mecanismos exigem dois estímulos em sequência para disparar, como forma de evitar falsos alarmes.
Já nas plantas-jarro, a superfície interna pode ser escorregadia ou cerosa, de modo que uma vez dentro do “jarro”, a presa escorrega para baixo e fica presa em fluido digestivo, sem conseguir voltar. É uma armadilha passiva, mas extremamente eficaz.
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Dentro dos jarros de algumas espécies, o líquido digestivo é muito mais do que uma água simples: pode ter propriedades viscoelásticas (ou seja, comportar-se como fluido e como gel), o que ajuda a reter a presa mesmo se o jarro estiver diluído pela chuva.
Além disso, esse fluido contém enzimas digestivas que quebram a presa lentamente, liberando nutrientes (como nitrogênio) que a planta absorve. Esse mecanismo é fundamental porque muitos dos solos onde essas plantas vivem são extremamente pobres em nutrientes essenciais.
Embora pareça tentador para uma planta carnívora capturar o máximo possível, há restrições reais, tanto físicas quanto energéticas. Por exemplo, algumas dioneias só conseguem capturar um número limitado de presas antes que sua “boca” pare de funcionar eficientemente, ou até fique permanentemente aberta para se dedicar só à fotossíntese.
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Além disso, fechar uma armadilha custa energia: se a planta fecha sua armadilha várias vezes sem capturar nada, isso é gasto inútil. Por isso, os mecanismos de disparo (como múltiplos toques) são uma adaptação para otimizar o uso de energia.
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