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Os protocolos mais usados em clubes e estudos situam a duração entre 10 e 15 minutos. | Freepik
Banheiras de gelo — ou imersão em água fria — viraram rotina em centros de treinamento e clubes. A prática promete acelerar a recuperação após exercícios intensos. Mas, afinal, o que a ciência já indica sobre benefícios, parâmetros de uso e limitações?
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O choque térmico provoca vasoconstrição e reduz o fluxo sanguíneo no local. Com isso, tende a diminuir edema, inflamação e o metabolismo tecidual nas primeiras horas pós-exercício. Esse “freio” fisiológico pode aliviar desconfortos e acelerar a volta à rotina.
Outro efeito apontado é a ativação do sistema nervoso parassimpático, ligada à sensação de relaxamento. Na prática, muitos atletas relatam bem-estar e menor sensação de fadiga logo após a sessão, o que ajuda a encarar treinos subsequentes.
Importante: os efeitos variam conforme tipo de treino, volume, intensidade e como a imersão se combina com sono, nutrição e planejamento semanal. Recuperação é multifatorial — gelo não substitui o básico.
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Os protocolos mais usados em clubes e estudos situam a duração entre 10 e 15 minutos. Nesse intervalo, a água costuma ficar entre 10°C e 15°C. É o “ponto doce” que equilibra conforto tolerável e impacto fisiológico desejado.
Sessões muito longas, acima de 15 minutos, não mostram ganhos adicionais e podem prejudicar a potência muscular imediata. Já mergulhos mais curtos, abaixo de 10 minutos, tendem a entregar efeito reduzido. Ajustes finos dependem de objetivo e tolerância individual.
| Duração | Temperatura | Efeitos principais |
|---|---|---|
| 10–15 min | 10°C–15°C | Reduz dor, acelera a recuperação e melhora a sensação de bem-estar |
| >15 min | <10°C | Pode prejudicar potência muscular no curto prazo; benefício adicional não comprovado |
Para modalidades com calendário denso — torneios, “back-to-back” e microciclos com pouco intervalo — a imersão em água fria pode ajudar a chegar “menos quebrado” ao próximo esforço. Em períodos de manutenção, também pode aliviar dores após treinos muito excêntricos.
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Por outro lado, em fases de ganho de força e hipertrofia, o uso frequente nas horas seguintes ao treino pode atenuar adaptações desejadas. Se a meta é “construir”, vale reservar o gelo para momentos pontuais, não como rotina diária.
Imersão em água fria funciona melhor como parte de um pacote: sono adequado, hidratação, proteína e carboidrato no pós-treino, alongamento leve e, quando indicado, compressão. Massagem, crioterapia localizada e banhos contrastes são alternativas dependendo do contexto.
Atletas usam banheiras de gelo sobretudo para reduzir dor e acelerar a recuperação após sessões intensas. O protocolo mais recomendado fica entre 10 e 15 minutos, com água a 10°C–15°C. Acima disso, não há ganho claro e pode haver queda de desempenho imediato.
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Use de forma estratégica: ótimo para “jogar de novo amanhã”, discutível como hábito diário em fases de construção. Com planejamento e segurança, a imersão em água fria pode ser uma aliada valiosa na temporada.
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