A+

A-

Alternar Contraste

Sábado, 01 Novembro 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Gazeta Mais Seta

Curiosidades

Conheça cidade fantasma que foi dizimada por pandemia no interior de São Paulo

Distrito de Japurá, no noroeste paulista, traz paisagem digna de filme

Jenny Perossi

16/09/2025 às 10:39  atualizado em 16/09/2025 às 10:52

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Casas de Japurá trazem reflexos de outra época

Casas de Japurá trazem reflexos de outra época | Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul

Ruas desertas tomadas por mato, construções com rachaduras e paredes descascando, placas enferrujadas. Essa é a paisagem do vilarejo de Japurá, no noroeste do estado de São Paulo, a cerca de 10 horas de carro da Capital.

Continua depois da publicidade

A história do vilarejo é entrecortada por trilhos de trem. Imagem: Reprodução Youtube
A história do vilarejo é entrecortada por trilhos de trem. Imagem: Reprodução Youtube
Japurá durou cerca de 40 anos. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Japurá durou cerca de 40 anos. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Casas de Japurá trazem reflexos de outra época. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Casas de Japurá trazem reflexos de outra época. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Vilarejo hoje já não conta com habitantes. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Vilarejo hoje já não conta com habitantes. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul

Mas além da paisagem incomum e até assustadora, o local preserva também muita da história do Estado. O vídeo abaixo, que conta com mais de cinco mil visualizações, mostra um pouco sobre os cenários liminares da “cidade fantasma” de Japurá.

Vila Centenária

Como indica a arquitetura das casas que o compõem, a história do vilarejo começa na primeira metade do século 20, quando a expansão da Estrada de Ferro Araraquarense inaugurou uma estação no local, em 1911.

A história do vilarejo é entrecortada por trilhos de trem. Imagem: Reprodução Youtube
A história do vilarejo é entrecortada por trilhos de trem. Imagem: Reprodução Youtube
Japurá durou cerca de 40 anos. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Japurá durou cerca de 40 anos. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Casas de Japurá trazem reflexos de outra época. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Casas de Japurá trazem reflexos de outra época. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Vilarejo hoje já não conta com habitantes. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul
Vilarejo hoje já não conta com habitantes. Imagem: Youtube/Instituto Marlin Azul

A estação atraiu cidadãos de outras partes do País, que vieram em busca de trabalho, e permitiu escoar a produção agrícola do local. Com o aumento da produção, o vilarejo foi se expandindo.

Continua depois da publicidade

No seu ápice, o vilarejo chegou a contar 3 mil habitantes. Possuía farmácia, escola, açougue, igreja e até mesmo uma penitenciária foi construída no local. Mas o ano de 1930 marca o início do declínio de Japurá paulista.

A fatídica década de 30

O crash da bolsa de Nova York em 1929 causou uma queda brusca no preço do café, principal produto agrícola do vilarejo, o que diminuiu o fluxo do comércio e a atração de migrantes. Além disso, uma pandemia de malária e febre-amarela devastou a população local.

No pior momento, o vilarejo chegou a registrar 15 mortes por dia. Além disso, o pânico que as doenças causaram também fez com que pessoas fugissem da região, e antigos moradores tivessem medo de voltar.

Continua depois da publicidade

Fim da ferrovia

Outro fato que levou ao declínio rápido da população de Japurá foi o fechamento da estação ferrodoviária em 1951. Os trilhos da linha férrea foram desviados para uma distância de 1,5 km de Japurá.

Nas décadas seguintes a população declinou cada vez mais. A última habitante nativa foi Ana Idalina Braz, conhecida como "dona Petita”. Ela permaneceu na cidade até durante os piores momentos, mas veio a óbito em 2021.

Turismo 

Hoje o vilarejo é frequentado por pesquisadores de história e turistas curiosos.

Continua depois da publicidade

Como o local preserva a história da expansão ferroviária de São Paulo e do ciclo do café, há projetos para transformar o local em um núcleo de passeio histórico, inclusive com um museu na casa de dona Pepita.

O local hoje atrai visitantes interessados na paisagem fantasmagórica e faz parte de alguns roteiros de ciclismo na região de Maringá.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados