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Como as ondas de calor estão degradando a costa brasileira

Pesquisadora catarinense analisou dados das praias do Brasil e da África

Jenny Perossi

08/05/2025 às 17:40  atualizado em 08/05/2025 às 17:41

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Litoral de Santa Catarina também sofre com acidificação.

Litoral de Santa Catarina também sofre com acidificação. | Imagem: Nivaldo Cit Filho/Wikimedia Commons

Um artigo publicado pela revista Nature Communications revela que as ondas de calor estão degradando a costa brasileira e todo o Atlântico Sul. 

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O estudo, realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina, monitorou três regiões do oceano próximas do Brasil e três perto do continente africano, durante cerca de 20 anos.

Oceano absorve calor do planeta, e geleiras derretem. Imagem: PxHere
Oceano absorve calor do planeta, e geleiras derretem. Imagem: PxHere
Corais ficam brancos quando morrem. Imagem: Oregon State University/Flickr
Corais ficam brancos quando morrem. Imagem: Oregon State University/Flickr
Com o CO2, oceanos ficam mais ácidos. Imagem: PxHere
Com o CO2, oceanos ficam mais ácidos. Imagem: PxHere
Litoral de Santa Catarina também sofre com acidificação. Imagem: Nivaldo Cit Filho/Wikimedia Commons
Litoral de Santa Catarina também sofre com acidificação. Imagem: Nivaldo Cit Filho/Wikimedia Commons

Entenda mais detalhes sobre como as ondas de calor prejudicam o mar e a costa, e como elas se relacionam com outros fenômenos oceânicos.

Fenômeno triplo

Junto com as ondas de calor, os fenômenos da acidificação dos oceanos e a falta de clorofila são prejudiciais para a fauna, a pesca e outras culturas locais. Águas mais quentes e ácidas aumentam a mortalidade de espécies marinhas que possuem clorofila e colocam a energia do sol no ecossistema marinho.

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O embranquecimento em massa dos corais também são um indicativo do estresse marinho, e esse fenômeno acontece com cada vez mais frequência e com mais corais atingidos, segundo Herton Escobar, autor do podcast O Mar Não Está Para Peixe, da USP.

Ar condicionado do planeta

Os oceanos funcionam como “ar condicionado” da Terra, absorvendo o calor e ajudando a regular a temperatura de toda superfície terrestre.

Acontece que os oceanos também se aquecem conforme absorvem o calor da atmosfera terrestre, e isso traz consequências desastrosas para a vida marinha.

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O planeta esquentou cerca de 1,5 ºC desde o começo do século XIX, por conta das emissões de gases de efeito estufa decorrentes de atividades humanas. Os oceanos absorvem 90% do calor da atmosfera terrestre e 30% das emissões de gás carbônico.

Conforme absorvem o gás carbônico, a água oceânica também se torna mais ácida. Essa acidez é prejudicial principalmente para os corais, que não conseguem produzir seus exoesqueletos de calcário com o pH mais baixo.

Mais frequentes

A autora do estudo, a oceanógrafa física Regina Rodrigues, monitorou as áreas do oceano de 1999 a 2018. Durante aqueles nove anos, as ocorrências dos fenômenos triplos foram raras. Já a partir de 2008, a história foi diferente:

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“A partir de 2016, esse fenômeno triplo passou a ocorrer praticamente todo ano” declarou a oceanógrafa para o portal Pesquisa Fapesp. 

Os dados alertam para a urgência do cuidado com o planeta e para a redução do consumo de combustíveis fósseis.

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