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Litoral de Santa Catarina também sofre com acidificação. | Imagem: Nivaldo Cit Filho/Wikimedia Commons
Um artigo publicado pela revista Nature Communications revela que as ondas de calor estão degradando a costa brasileira e todo o Atlântico Sul.
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O estudo, realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina, monitorou três regiões do oceano próximas do Brasil e três perto do continente africano, durante cerca de 20 anos.
Entenda mais detalhes sobre como as ondas de calor prejudicam o mar e a costa, e como elas se relacionam com outros fenômenos oceânicos.
Junto com as ondas de calor, os fenômenos da acidificação dos oceanos e a falta de clorofila são prejudiciais para a fauna, a pesca e outras culturas locais. Águas mais quentes e ácidas aumentam a mortalidade de espécies marinhas que possuem clorofila e colocam a energia do sol no ecossistema marinho.
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O embranquecimento em massa dos corais também são um indicativo do estresse marinho, e esse fenômeno acontece com cada vez mais frequência e com mais corais atingidos, segundo Herton Escobar, autor do podcast O Mar Não Está Para Peixe, da USP.
Os oceanos funcionam como “ar condicionado” da Terra, absorvendo o calor e ajudando a regular a temperatura de toda superfície terrestre.
Acontece que os oceanos também se aquecem conforme absorvem o calor da atmosfera terrestre, e isso traz consequências desastrosas para a vida marinha.
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O planeta esquentou cerca de 1,5 ºC desde o começo do século XIX, por conta das emissões de gases de efeito estufa decorrentes de atividades humanas. Os oceanos absorvem 90% do calor da atmosfera terrestre e 30% das emissões de gás carbônico.
Conforme absorvem o gás carbônico, a água oceânica também se torna mais ácida. Essa acidez é prejudicial principalmente para os corais, que não conseguem produzir seus exoesqueletos de calcário com o pH mais baixo.
A autora do estudo, a oceanógrafa física Regina Rodrigues, monitorou as áreas do oceano de 1999 a 2018. Durante aqueles nove anos, as ocorrências dos fenômenos triplos foram raras. Já a partir de 2008, a história foi diferente:
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“A partir de 2016, esse fenômeno triplo passou a ocorrer praticamente todo ano” declarou a oceanógrafa para o portal Pesquisa Fapesp.
Os dados alertam para a urgência do cuidado com o planeta e para a redução do consumo de combustíveis fósseis.
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