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Conheça 5 aves que preferem colocar ovos nos nínhos de outros pássaros

Como algumas aves conseguem enganar hospedeiros com imitação perfeita

Marcos Ferreira

12/09/2025 às 15:14

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Essas aves também são conhecidas como aves parasitas

Essas aves também são conhecidas como aves parasitas | Freepik

As aves que preferem colocar ovos em outro ninho intrigam estudiosos por adotarem uma estratégia reprodutiva incomum.

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Pássaros parasitas de ninhada põem seus ovos nos ninhos de outras espécies. - freepik
Pássaros parasitas de ninhada põem seus ovos nos ninhos de outras espécies. - freepik
Isso permite que os pais parasitas evitem o trabalho de construir um ninho e criar seus filhotes. - freepik
Isso permite que os pais parasitas evitem o trabalho de construir um ninho e criar seus filhotes. - freepik
mãe parasita geralmente remove um ovo do hospedeiro antes de pôr o seu. - Freepik
mãe parasita geralmente remove um ovo do hospedeiro antes de pôr o seu. - Freepik
O filhote parasita, ao nascer, muitas vezes empurra os ovos ou filhotes do hospedeiro para fora do ninho. - Freepik
O filhote parasita, ao nascer, muitas vezes empurra os ovos ou filhotes do hospedeiro para fora do ninho. - Freepik

Em vez de construir seus próprios ninhos, essas espécies depositam seus ovos em ninhos de outras aves, deixando para os hospedeiros a tarefa de incubar e alimentar os filhotes.

Essa prática mostra como a natureza pode ser surpreendente, revelando diferentes formas de sobrevivência.

Embora pareça um comportamento injusto, essa técnica evoluiu como um meio eficaz de garantir a continuidade da espécie. Algumas aves utilizam a camuflagem dos ovos, outras recorrem à agressividade dos filhotes logo após o nascimento.

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Cada uma apresenta adaptações próprias para aumentar suas chances de sucesso, criando um verdadeiro jogo de estratégias com os hospedeiros.

Pássaro-indigo

O pássaro-indigo, encontrado em regiões da África, deposita seus ovos nos ninhos de pequenos pássaros conhecidos como bengalinhas.

O curioso é que ele não remove nem destrói os ovos originais do hospedeiro, apenas acrescenta os seus, confiando que serão aceitos. A camuflagem visual é fundamental: seus ovos se parecem bastante com os dos anfitriões.

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Depois da eclosão, os filhotes do pássaro-indigo apresentam outra habilidade impressionante: imitam os chamados vocais e até os padrões de comportamento dos filhotes originais.

Essa imitação garante que os pais adotivos não percebam o intruso, oferecendo alimento e cuidado de forma natural até que o jovem cresça.

Cuco

O cuco é talvez a ave mais conhecida por essa prática. Presente em várias partes do mundo, ele deposita seus ovos em ninhos de espécies diferentes, como rouxinóis e piscos.

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Além de mimetizar a cor e o tamanho dos ovos do hospedeiro, o cuco também sincroniza sua postura para que a fêmea hospedeira não desconfie.

O filhote do cuco nasce antes ou quase ao mesmo tempo que os demais. Logo após a eclosão, ele exibe um comportamento agressivo: empurra para fora do ninho os ovos ou filhotes do hospedeiro, monopolizando o alimento e a atenção dos pais adotivos.

Essa tática brutal garante a sobrevivência do cuco, ainda que custe a vida dos verdadeiros filhotes.

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Indicador

O indicador, encontrado em regiões da África e Ásia, é conhecido por duas características únicas: ajuda humanos a localizar colmeias de abelhas e, ao mesmo tempo, deposita seus ovos em ninhos de outras aves, como estorninhos e papa-moscas.

Essa estratégia de diversificação aumenta suas chances de sucesso, pois os ovos ficam espalhados em diferentes ninhos.

Quando os filhotes do indicador nascem, muitas vezes utilizam seu bico afiado para perfurar ovos ou matar filhotes hospedeiros. Ao eliminar a concorrência, garantem todo o cuidado dos pais adotivos para si mesmos.

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Essa dualidade  de cooperação com humanos e agressividade com outras aves torna o indicador uma das espécies mais intrigantes.

Pato-de-cabeça-preta

O pato-de-cabeça-preta, encontrado na América do Sul, apresenta um comportamento menos agressivo que outras aves que colocam ovos em ninhos alheios.

Ele costuma usar ninhos de outros patos, frangos-d’água e até gaivotas, mas não remove nem prejudica os ovos dos hospedeiros. Essa atitude reduz a competição dentro do ninho.

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O detalhe mais curioso é que, ao contrário de outras espécies, os filhotes do pato-de-cabeça-preta são independentes logo após a eclosão.

Pouco tempo depois de nascer, eles deixam o ninho e seguem sozinhos, o que diminui a sobrecarga para os pais adotivos e permite que os filhotes hospedeiros também sobrevivam.

Chupim

O chupim, muito comum no Brasil e em outras regiões das Américas, também segue essa estratégia peculiar de reprodução.

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Ele costuma depositar seus ovos em ninhos de aves como pardais e tico-ticos, aproveitando o esforço parental de espécies menores para garantir a sobrevivência de sua prole.

Assim como o cuco, o chupim pode ser bastante prejudicial aos hospedeiros: seus filhotes crescem mais rápido e demandam mais alimento, o que acaba enfraquecendo ou até eliminando os filhotes originais.

Mesmo sem expulsar ovos do ninho, o chupim garante a sobrevivência de sua espécie ao monopolizar os cuidados dos pais adotivos.

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