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O que são as terras raras, tesouro nacional | José Cruz/AGÊNCIA BRASIL
O Brasil é o segundo maior detentor de terras raras, com 25% do total mundial, perdendo apenas para a China. Esses territórios possuem vários metais usados em equipamentos importantes na indústria.
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Além de serem estratégicas para o avanço tecnológico, as terras raras também desempenham papel crucial na geopolítica global.
Controlar a extração e o comércio desses minerais significa ter influência sobre setores-chave, como energia limpa, defesa e tecnologia de ponta. Por isso, países como os EUA observam de perto o potencial brasileiro nesse mercado.
Os “superimãs”, fabricados com esses metais pesados, são usados na produção de carros elétricos e também equipamentos elétricos.
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Os Estados Unidos, hoje liderados por Donald Trump, foram historicamente os principais produtores de superimãs do mundo. O professor de engenharia Fernando José Gomes Landgraf explica ao Jornal da USP como a cadeia produtiva funcionava.
“Os ímãs de terras raras foram inventados nos Estados Unidos e Japão há 40 anos, e os Estados Unidos dominavam essa cadeia produtiva, da mineração, concentração e separação, para fazer o superímã”, explica.
Comumente se nomeou essas terras como raras por causa da combinação de 17 elementos da tabela periódica no mesmo espaço. Mas, no Brasil, elas estão espalhadas em várias localidades do país.
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As terras raras condensam vários minérios em um único local. Em Poços de Caldas, no interior de Minas Gerais, por exemplo, existem as argilas iônicas. Já o minério de CBMM está em Araxá e também no Amazonas.
Mesmo com a abundância desses locais no país, os investimentos em pesquisa e extração foram desacelerados a partir da década de 90. Apenas em 2010, com uma rixa entre Japão e China, os olhares do mundo se voltaram ao Brasil.
O professor Fernando ainda ressalta a importância de negociar o comércio desses minerais.
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“Até onde a gente vai nas terras raras? É uma nova experiência desse tipo que a gente vai entrar. Nós temos que ver bem onde é que a gente quer se colocar nesse mercado e aproveitar as oportunidades que existem”.
Mesmo estando ciente dos danos causados pela mineração, o professor recomenda mais investimento na exploração desse minerais. Ele indica uma boa convivência com a atividade extrativista, com formas de mitigar os impactos ambientais.
Durante seu governo, Donald Trump adotou uma postura agressiva para reduzir a dependência dos Estados Unidos em relação às terras raras vindas da China.
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Parte dessa estratégia envolveu buscar novos fornecedores, e o Brasil passou a ser visto como parceiro potencial devido às suas vastas reservas.
Essa aproximação poderia abrir portas para investimentos bilaterais, mas também levanta debates sobre soberania, exploração sustentável e o papel do país no cenário geopolítico mundial.
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