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O filme que é uma das animações de maior sucesso tem muito a te explicar sobre psicologia | Foto: Youtube/Reprodução
A sequência de sucesso da Pixar mergulha na mente de Riley para explicar, de forma acessível e emocionante, como nossas emoções se formam e se transformam na adolescência.
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Com consultoria psicológica especializada, Divertida Mente 2 traduz conceitos complexos da psicologia em metáforas visuais que ajudam o público a entender a importância da autorregulação emocional e da construção dos valores pessoais.
Divertida Mente 2 se tornou um dos filmes mais marcantes do século no Brasil, ultrapassando 20 milhões de ingressos vendidos e quebrando recordes de bilheteria.
O público se identificou com a maneira como a narrativa apresenta sentimentos profundos e universais, conectando famílias inteiras em torno da jornada emocional de Riley.
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O apelo da obra está justamente na sua capacidade de transformar emoções abstratas em personagens cativantes, o que facilita a compreensão do desenvolvimento psicológico da protagonista. Essa abordagem lúdica e emocionalmente inteligente reforça o impacto cultural da produção.
Não à toa, a sequência manteve o padrão de excelência da parceria entre Disney e Pixar, que já havia conquistado corações com a primeira versão da história. Agora, o estúdio vai além, trazendo nuances da adolescência que ampliam o entendimento do público sobre saúde mental.
A chegada de emoções como ansiedade, inveja, tédio e vergonha marca o início de uma nova fase na vida de Riley. Esses sentimentos mais complexos se juntam à alegria, tristeza, raiva, medo e nojo, mostrando que o amadurecimento envolve aprender a lidar com novos desafios internos.
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Divertida Mente 2 mostra como esses novos personagens funcionam como uma “equipe” responsável por ajustar a forma como Riley reage ao mundo. Esse conjunto ilustra o processo natural do desenvolvimento cognitivo, no qual o adolescente começa a refletir sobre o que sente e por quê.
A consultoria de psicólogos como Dacher Keltner e Lisa Damour reforça a precisão da representação. Eles ajudaram a transformar ideias abstratas em cenas visualmente ricas, criando metáforas que aproximam crianças, jovens e adultos de conceitos importantes da psicologia.
Um dos grandes destaques da sequência é a introdução do “sistema de valores”, representado no filme como uma árvore brilhante dentro da mente de Riley. Essa árvore simboliza as crenças e convicções construídas ao longo da vida, que orientam escolhas e comportamentos.
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Durante a adolescência, essa árvore passa por mudanças significativas: novas experiências, emoções e percepções fazem com que Riley reorganize suas prioridades e construa sentido para suas vivências. Essa dinâmica espelha o processo real de formação da identidade.
A professora Luciana Caetano, da USP, em entrevista à Gazeta, explica que essas novas construções emocionais são mais sofisticadas e influenciadas por fatores sociais, culturais e cognitivos. O filme simplifica esse movimento interno ao mostrar como cada emoção contribui para definir quem Riley está se tornando.
As novas emoções apresentadas no filme não são inatas, mas construídas ao longo do crescimento. Vergonha, ansiedade ou tédio só surgem quando o indivíduo passa a se avaliar, refletir sobre si e se comparar com o mundo ao redor, características típicas da adolescência.
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O filme evidencia esse processo ao retratar a ansiedade como uma emoção intensa, às vezes caótica, mas essencial para o desenvolvimento. Ela ajuda Riley a se preparar, planejar e buscar seus objetivos, destacando o lado positivo das emoções geralmente vistas como negativas.
A especialista reforça que cada sentimento tem função própria no amadurecimento emocional. O importante é a interação entre eles, que permite ao indivíduo aprender a regular suas reações e construir uma visão mais equilibrada sobre si e sobre suas experiências.
Um dos maiores ensinamentos de Divertida Mente 2 é que ninguém é apenas espectador das próprias emoções. Pelo contrário: cada pessoa participa ativamente da construção da sua identidade e da forma como lida com desafios internos e externos.
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A agência, ou seja, a capacidade de agir e escolher, é central na formação emocional. Riley não está presa às circunstâncias; ela aprende a dialogar com suas emoções para tomar decisões mais maduras e alinhadas aos seus valores.
A professora Luciana Caetano reforça que a autonomia é essencial na adolescência. Entender as emoções, reconhecer seus impactos e assumir o controle da própria vida são passos fundamentais para que jovens cresçam de forma saudável e consciente.
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