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Do luxo ao abandono: por que o 'prédio escorregador' da Paulista foi esquecido?

Descubra a história do icônico prédio na Paulista que seria o primeiro Hard Rock Hotel de SP, mas hoje está abandonado

Agência Gazeta

21/07/2025 às 15:41  atualizado em 21/07/2025 às 15:43

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De promessa bilionária a abandono: entenda por que o Hard Rock Hotel na Avenida Paulista nunca saiu do papel

De promessa bilionária a abandono: entenda por que o Hard Rock Hotel na Avenida Paulista nunca saiu do papel | Reprodução/Google Street View

Você já notou o edifício na avenida Paulista, número 949, com suas janelas quebradas e pichações? Este prédio, conhecido como Torre Paulista, seria o primeiro Hard Rock Hotel da capital, mas seu projeto bilionário nunca avançou.

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O edifício, escolhido por ser bonito e icônico, permanece abandonado. Recentemente, a antiga sede do banco japonês Sumitomo e diversos escritórios que o ocupavam precisaram deixar o local para a implementação do hotel.

A empreitada de oito unidades Hard Rock no Brasil, anunciada em 2018, incluía este ambicioso projeto na Paulista. Contudo, as obras até hoje não saíram do papel, e seu futuro permanece incerto.

O enigma do Torre Paulista

O Torre Paulista destaca-se na avenida, em frente ao prédio da Gazeta, e tem uma entrada secundária pela alameda Santos. Sua arquitetura é singular, caracterizada por formas curvas e afuniladas, tornando-o relativamente estreito.

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Originalmente chamado Edifício Aquários, José Gugliota e Jorge Zzupim o projetaram no início dos anos 70. Zzupim, renomado por seu mobiliário brasileiro, também criou os shoppings Ibirapuera e Top Center.

O prédio possui 19.000 m² de área construída em um terreno de 2,2 mil m². Durante décadas, funcionou como sede do banco Sumitomo, e mais tarde, abrigou diversos escritórios.

Do sonho de hotel ao abandono

O projeto Hard Rock Hotel São Paulo, anunciado em 2018, era parte de uma expansão ambiciosa da marca no Brasil. Contudo, pouquíssimos detalhes sobre a versão paulistana foram divulgados.

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Em 2023, uma concept store para divulgação do hotel foi aberta nos Jardins, mas não está mais em funcionamento. Este empreendimento seria voltado exclusivamente para hotelaria, diferente de outros que também preveem multipropriedade.

A Hard Rock Hotel International não lista o projeto de São Paulo em seu site oficial. Apenas empreendimentos no Ceará e um em Gramado (sem ligação com a Residence Club) aparecem.

Atrasos e polêmicas da Residence Club

A Residence Club, responsável pelo Hard Rock Hotel em São Paulo, atualmente negocia com a Savoi, proprietária do edifício. Até o momento, não há previsão para o início das obras ou a inauguração do hotel.

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Os projetos da Hard Rock pelo país têm enfrentado atrasos e multas significativas. A Residence Club é responsável por quatro empreendimentos, com o Hard Rock Hotel Fortaleza e Ilha do Sol enfrentando os maiores atrasos.

Em 2024, o DECON, do Ministério Público do Ceará, aplicou duas multas à companhia: uma de R$ 12 milhões por dois anos de atraso e outra de R$ 6,6 milhões por repassar encargos de atraso aos clientes.

A Residence Club surgiu no início de 2024, após executivos adquirirem o capital acionário da VCI, empresa que tocava os projetos. A VCI, criada em 2016, enfrentava problemas financeiros e jurídicos, além de reclamações de clientes.

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A VCI chegou a anunciar a criação de uma criptomoeda e teve seu registro temporariamente suspenso pela CVM. Além disso, a empresa reduziu seu plano de expansão, desistindo de metade dos oito hotéis inicialmente previstos.

O passado e o futuro da avenida Paulista

Especialistas em arquitetura e urbanismo defendem a preservação do Torre Paulista, mas com um uso ativo. Nadia Somekh, professora emérita da Universidade Mackenzie, sugere que um hotel seria compatível com a Paulista.

A Professora Somekh cita Nova York, onde prédios altos combinam escritórios e hotéis. O edifício Aquários (atual Torre Paulista) foi erguido durante a transformação da Paulista nos anos 60 e 70.

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Naquele período, a Avenida se consolidou como polo financeiro da cidade, recebendo regras de urbanização que permitiram maior verticalização. Mais de meio século depois, o futuro do Torre Paulista ainda é incerto.

* Matéria inspirada em uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo.

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