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Calor muda o mel, mas não o transforma em veneno | Foto: Reprodução/Imagem gerada por IA
Um dos alimentos mais populares do mundo, o mel pode ser encontrado de vários jeitos diferentes.
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Com muitos benefícios para a saúde, o consumo desse ingrediente de forma equilibrada é incentivado por diversos cientistas, mas, além disso, ele também é muito usado no preparo de receitas deliciosas, como pão de mel, creme de mel e mel picante.
Muitas receitas com mel são feitas no fogo ou forno, e o tópico gera bastante debate nas redes sociais. Isso porque estão dizendo que o mel se torna tóxico após ser aquecido, mas será que é verdade mesmo?
Não, é mito que o mel se torna tóxico após ser aquecido! Enquanto os especialistas incentivam que o consumo do mel seja in natura, de forma não processada, aquecê-lo durante o preparo das receitas não o torna tóxico.
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O que acontece quando o mel é aquecido é a degradação de diversas substâncias presentes nele, incluindo compostos benéficos.
Ou seja, quando o mel é usado em receitas que vão ao forno, o resultado não contém um mel com todos os benefícios do alimento na sua forma original, in natura, o que não quer dizer que ele se torne prejudicial para a saúde.
Um dos argumentos utilizados para sustentar essa ideia é que, ao ser aquecido, a concentração de hidroximetilfurfural (HMF) – composto orgânico formado pela desidratação de açúcares redutores, especialmente frutose e glicose –, uma molécula que é tóxica ao corpo humano, aumenta.
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Embora essa informação seja realmente verdade, a quantidade de HMF presente no mel aquecido não chega nem perto da quantidade necessária para trazer algum malefício para o organismo.
A molécula de HMF também está presente no mel in natura, ainda que em uma quantidade menor.
Também é importante ter em mente que a temperatura à qual o mel foi submetido também interfere no aumento da concentração de HMF, segundo Mozaniel de Oliveira, doutor em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em entrevista para o Estadão.
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Um mel pode ser comercializado com até 60 mg de HMF por quilo, segundo a legislação brasileira. Fora do Brasil, a quantidade permitida é ainda maior: 80 mg por quilo de mel em países tropicais, onde as temperaturas são mais elevadas.
Ambos os números continuam bem abaixo da quantidade necessária para que o HMF comece a fazer mal ao corpo humano.
Em 2020, foi publicado um estudo na revista científica Molecules que determina que 2 mg de HMF por quilo corporal são considerados uma dose segura para os seres humanos.
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Ou seja, segundo Mozaniel, uma pessoa com um peso médio de 70 quilos poderia consumir 140 mg da substância por dia, sem haver nenhum prejuízo. Na prática, isso equivale a quase dois quilos de mel por dia.
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