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A lista dos vencedores funciona como aquilo que muitos leitores buscam | Jcomp/Freepik
A maior rede social de livros do mundo, o Goodreads, revelou os vencedores da 17ª edição do Goodreads Awards, premiação em que os próprios leitores escolhem seus títulos favoritos do ano.
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Foram mais de 7,5 milhões de votos distribuídos entre 15 categorias, que reuniram 300 obras publicadas nos Estados Unidos – muitas delas já disponíveis ou com lançamento confirmado no Brasil.
Mais do que um troféu simbólico, a lista funciona como termômetro de tendências de leitura e atalho para quem quer atualizar a estante. Em meio a romances contemporâneos, fantasias sombrias, não ficção e memórias familiares, os vencedores também despontam como boas opções de presente para o fim de ano.
Entre os destaques estão Tempestade de Ônix, de Rebecca Yarros; Uma Vida e Tanto, de Emily Henry; Amanhecer na Colheita, novo capítulo da saga Jogos Vorazes, de Suzanne Collins; e Alchemised, de SenLinYu, livro que nasceu como fanfic de Harry Potter antes de ganhar edição oficial.
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Na categoria Romance, quem levou a melhor foi Uma Vida e Tanto (Verus), de Emily Henry, com mais de 117 mil votos. A autora, conhecida por histórias leves, espirituosas e repletas de diálogos afiados, confirma o favoritismo entre leitores que buscam tramas românticas com boas doses de humor e autoconhecimento.
Já em Romantasia – o híbrido entre romance e fantasia que virou fenômeno nas redes sociais – o prêmio ficou com Tempestade de Ônix (Minotauro), de Rebecca Yarros.
O livro, que soma quase 300 mil votos, consolida o universo de dragões, intrigas políticas e paixões intensas que já vinha conquistando público em Fourth Wing. A obra ainda emplacou também na categoria Audiolivro, reforçando o momento de alta do formato.
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Na Fantasia, o destaque ficou com Enterrem Nossos Ossos à Meia-Noite (Verus), de V. E. Schwab, autora conhecida por criar mundos sombrios, personagens moralmente ambíguos e tramas que misturam magia e melancolia.
Entre os leitores jovens e fãs de distopias, a vitória foi de um velho conhecido: Amanhecer na Colheita (Rocco), quinto livro da saga Jogos Vorazes, de Suzanne Collins.
Com mais de 300 mil votos, o título amplia o universo criado pela autora ao revisitar a estrutura política e emocional de Panem, mantendo a crítica social que marcou os volumes anteriores.
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Na categoria Ficção para Jovens Adultos, o prêmio foi para Patinando no Amor (Intrínseca), de Lynn Painter, com mais de 46 mil votos. A combinação entre romance, humor e um cenário esportivo ajuda a aproximar o livro de leitores que buscam histórias leves, perfeitas para maratonar em poucos dias.
Entre os livros de não ficção, o título mais votado foi Tudo é Tuberculose (Intrínseca), de John Green, com mais de 114 mil votos.
O autor, conhecido pelos romances juvenis, se volta aqui para uma investigação pessoal e histórica sobre a doença, costurando ciência, relatos em primeira pessoa e reflexões sobre saúde pública.
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Na categoria Memórias, o prêmio ficou com A Casa da Minha Mãe (Planeta), de Shari Franke, que reúne lembranças íntimas, conflitos familiares e o processo de reconstrução de laços afetivos – um tipo de narrativa que costuma encontrar eco em leitores que buscam histórias de vulnerabilidade e reconciliação.
Já em História & Biografia, o destaque foi How to Kill a Witch, de Zoe Venditozzi e Claire Mitchell, que discute os julgamentos de bruxas e seus ecos na sociedade contemporânea. A obra mistura pesquisa histórica e reflexão sobre misoginia, violência e justiça, aproximando passado e presente.
Um dos casos mais comentados da lista é Alchemised (Intrínseca), de SenLinYu, vencedor na categoria Romance de Estreia. O livro começou como uma fanfic de Harry Potter publicada online e, depois de conquistar uma base fiel de leitores, ganhou edição profissional e chegou às listas de mais vendidos.
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A trajetória mostra como comunidades de fãs na internet deixaram de ser apenas espaços de consumo e se tornaram verdadeiros celeiros de novos autores – muitos deles, agora, ocupando lugar de destaque em prêmios internacionais e catálogos de grandes editoras.
Na categoria Mistério & Thriller, o mais votado foi Ainda Não Morri (Intrínseca), de Holly Jackson, com mais de 77 mil votos. A autora, que já havia conquistado o público com tramas policiais voltadas para jovens leitores, mantém o ritmo acelerado e os reviravoltos típicos do gênero.
O horror ficou por conta de Witchcraft for Wayward Girls (Intrínseca), de Grady Hendrix, que soma quase 60 mil votos e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. O autor é conhecido por brincar com elementos do terror clássico, sempre com um olhar irônico sobre o cotidiano.
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Na Ficção Científica, o prêmio foi para The Compound, de Aisling Rawle, com mais de 45 mil votos. O livro aprofunda temas caros ao gênero, como tecnologia, isolamento e ética, reforçando a presença da ficção especulativa na lista de leituras populares.
Em Ficção, a vitória foi de Meus Amigos (Rocco), de Fredrik Backman, com mais de 167 mil votos. O livro, previsto para chegar ao Brasil em abril de 2026, segue a linha do autor sueco de tratar temas sensíveis – como perda, comunidade e empatia – com um humor agridoce que conquistou fãs em todo o mundo.
Na Ficção Histórica, quem levou o troféu foi Atmosfera: Uma História de Amor (Paralela), de Taylor Jenkins Reid, com mais de 254 mil votos.
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A autora, que já se tornou queridinha dos clubes de leitura com romances ambientados em diferentes décadas, volta a explorar relações humanas em cenários marcados por mudanças culturais.
Diferente de prêmios literários definidos por júris especializados, o Goodreads Awards se apoia diretamente na comunidade de leitores.
Primeiro, os editores da plataforma analisam as estatísticas do site para selecionar 20 indicados em cada uma das 15 categorias, a partir de milhões de livros adicionados, avaliados e comentados ao longo do ano. No caso dos audiolivros, entram também os dados do Audible.
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Podem concorrer títulos publicados em inglês nos Estados Unidos, incluindo obras traduzidas e relançamentos considerados relevantes. Para aparecer entre os indicados, o livro precisa ter, na época do lançamento, média mínima de 3,5 estrelas.
Depois dessa triagem, os membros do Goodreads votam em duas rodadas até definir os vencedores finais. É um modelo que transforma avaliações individuais em um retrato coletivo dos hábitos de leitura – e que, de quebra, oferece um guia pronto para quem quer retomar o hábito de ler, descobrir novos autores ou só escolher o próximo livro de cabeceira sem medo de errar.
No fim, a lista dos vencedores funciona como aquilo que muitos leitores buscam: uma curadoria feita por gente comum, que lê por prazer e compartilha, livro a livro, o que mais mexeu com a cabeça e o coração ao longo do ano.
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