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A quantidade certa é o dobro recomendada pela OMS | Imagem: Pexels
Proteger-se contra a pressão alta à medida que envelhece exige mais do que apenas um breve período de exercícios na juventude. Pesquisas recentes indicam que manter níveis elevados de atividade física, especialmente durante a meia-idade, é um fator crucial para a saúde do coração a longo prazo.
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Este esforço contínuo atua como uma barreira preventiva contra a hipertensão, uma condição séria que afeta bilhões de pessoas em todo o mundo. A constância no exercício é um investimento vital para evitar complicações futuras.
Um estudo com mais de 5.000 pessoas, realizado em 4 cidades dos EUA, apontou que fatores sociais e econômicos podem criar obstáculos significativos para a manutenção da atividade física. O novo estudo indica que é preciso 5 horas semanais de exercícios físicos moderados para controlar a pressão.
A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é reconhecida como uma das principais causas de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC) em todo o mundo. Além disso, a condição representa um risco significativo para o desenvolvimento de demência em fases posteriores da vida.
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Numerosas pesquisas já estabeleceram a relação entre a prática de exercícios e a diminuição da pressão arterial, comprovando que o movimento regular é um aliado da saúde cardiovascular. Contudo, o novo trabalho sugere uma necessidade ainda maior: a manutenção da atividade física ao longo da vida adulta jovem.
A proposta é que esse nível de atividade seja inclusive mais alto do que o mínimo atualmente recomendado para a prevenção da hipertensão. Essa condição séria é um problema de saúde pública global, afetando milhões e sendo um catalisador para doenças graves.
Por ser frequentemente assintomática, ela é apelidada de "assassina silenciosa", alertando para a necessidade de monitoramento e prevenção contínuos para toda a população.
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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente um em cada quatro homens e cerca de uma em cada cinco mulheres convivem com a hipertensão.
O estudo, que recrutou mais de 5.100 adultos, acompanhou a saúde dos participantes ao longo de três décadas inteiras. Em cada avaliação clínica, a pressão arterial dos participantes era cuidadosamente medida três vezes, com um minuto de intervalo entre cada aferição, garantindo a precisão dos dados para a análise posterior.
Questionários detalhados sobre exercícios, tabagismo e consumo de álcool também foram parte integrante da pesquisa, fornecendo um panorama completo do estilo de vida. A análise dos dados revelou um padrão preocupante e consistente em todos os grupos estudados.
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Os níveis de atividade física apresentaram uma queda acentuada entre os 18 e os 40 anos de idade, independentemente do grupo. Consequentemente, as taxas de hipertensão começaram a subir, acompanhando a queda na atividade física ao longo das décadas seguintes, demonstrando uma correlação negativa entre elas.
Os pesquisadores interpretaram esse achado como um indicativo de que a idade adulta jovem representa uma janela de oportunidade essencial para a intervenção. Ações e programas de promoção da saúde focados em incentivar o exercício podem ser determinantes para prevenir a hipertensão na meia-idade.
Quase metade dos participantes nesta fase da vida tinha níveis de atividade física considerados "subótimos" pelos autores do estudo, o que reforça a urgência de uma mudança de padrões de comportamento.
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Segundo o epidemiologista Kirsten Bibbins-Domingo, da UCSF, essa alta prevalência de atividade subótima está associada ao início da hipertensão. Ele afirmou que é necessário elevar o padrão mínimo de atividade física que é atualmente recomendado.
A pesquisa sugere que simplesmente cumprir as diretrizes mínimas pode não ser suficiente para a proteção a longo prazo.
Os pesquisadores observaram que os indivíduos que praticavam cinco horas de exercícios moderados por semana durante o início da idade adulta – uma quantidade que é o dobro do mínimo atualmente recomendado – apresentaram um risco consideravelmente menor de desenvolver hipertensão.
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Essa redução no risco foi particularmente notável entre aqueles que mantiveram esse hábito de exercícios até os 60 anos de idade, reforçando a importância da consistência ao longo das décadas. A evidência é clara sobre o benefício de ir além do mínimo.
No artigo publicado, os autores escreveram que "Alcançar pelo menos o dobro das diretrizes atuais mínimas [de atividade física] para adultos pode ser mais benéfico para a prevenção da hipertensão do que simplesmente cumprir as diretrizes mínimas".
O desafio é grande, pois manter a atividade física semanal é dificultado pelas responsabilidades crescentes da vida adulta. Nagata explicou que a situação se agrava "especialmente o caso após o ensino médio, quando oportunidades para atividade física diminuem".
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A transição para a faculdade, o início da vida profissional e a paternidade são fatores que costumam levar à erosão do tempo livre e à diminuição da prática de exercícios. O estudo reforça a necessidade de programas de saúde que abordem as complexidades da vida adulta, oferecendo suporte para um estilo de vida ativo e saudável.
Isso torna urgente o desenvolvimento de programas de saúde pública que apoiem estilos de vida ativos ao longo da vida adulta — não apenas treinos eventuais, mas hábitos sustentados.
Em apoio a essa recomendação vale considerar orientações de saúde já publicadas, como os conselhos da Gazeta sobre como a musculação ajuda no controle da pressão arterial e os sinais de alerta da hipertensão silenciosa
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