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O interior de São Paulo sofreu com uma série de incêndios que afetou 48 cidades da região, as deixando em estado de alerta para queimadas | Paulo Pinto/Agência Brasil
As queimadas no interior de São Paulo têm afetado gravemente a qualidade do ar na Grande São Paulo, resultando em um aumento de problemas respiratórios e do coração, especialmente em crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde já existentes.
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Segundo dados da Cetesb, a qualidade do ar na região varia de moderada a ruim, indicando um risco à saúde pública.
Os poluentes liberados como NOx (óxidos de nitrogênio), CO (monóxido de carbono), HC (hidrocarbonetos) e material particulado, são substâncias nocivas liberadas durante as queimadas.
Embora muitas vezes esses poluentes estejam abaixo dos níveis máximos de segurança recomendados, eles ainda podem ser perigosos.
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Isso é particularmente verdadeiro para aqueles que estão próximos ao fogo ou diretamente envolvidos no combate às chamas.
A exposição pode levar a problemas graves, como intoxicação ou asfixia, principalmente devido ao aumento nos níveis de monóxido de carbono, que impede o transporte adequado de oxigênio pelo sangue
Mais de 48 cidades do interior de São Paulo foram atingidas pelos incêndios florestais, levando aproximadamente 800 pessoas a deixarem suas casas.
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Além disso, mais de 20 mil hectares foram consumidos pelo fogo, com especialistas ainda investigando as causas desses incêndios.
Essas queimadas no interior de São Paulo liberam uma variedade de substâncias prejudiciais à saúde humana e animal, afetando principalmente o sistema respiratório e cardiovascular.
Esses poluentes podem causar desde tosse e dificuldade respiratória até asma e ataques cardíacos.
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Segundo um estudo publicado na revista científica Nature, as partículas de fuligem inaladas durante as queimadas podem causar inflamação severa e estresse oxidativo nos pulmões, além de danificar o DNA das células pulmonares, aumentando significativamente o risco de desenvolver câncer de pulmão.
Pesquisas adicionais, como aquela divulgada em 2018 no periódico Circulation, indicam que essas partículas também prejudicam o coração, podendo levar a alterações características da insuficiência cardíaca, incluindo o aumento dos ventrículos cardíacos.
Além dos riscos aumentados de câncer e doenças cardíacas, a fumaça das queimadas contém dioxinas e metais pesados que exacerbam problemas respiratórios, particularmente em pessoas com condições pré-existentes, conforme observado por especialistas consultados pela BBC News Brasil e pneumologistas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
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Gases tóxicos liberados, como monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio, agravam doenças cardiovasculares e pulmonares, impactando até mesmo indivíduos saudáveis, causando irritações nos olhos, nariz e garganta e aumentando o risco de pressão alta e infartos.
O perigo da inalação da fumaça fica ainda maior para pessoas com doenças crônicas, como asma, bronquite, enfisema, rinite, rinossinusite ou problemas cardiovasculares.
Mesmo as pessoas saudáveis também pode sofrer os efeitos, que incluem olhos vermelhos e irritação nos olhos, nariz e garganta.
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Raphael Coelho, membro da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), oferece as seguintes orientações para as pessoas que residem em áreas afetadas pelas queimadas:
Segundo o governo do Estado, dois funcionários de uma usina em Urupês, no interior de São Paulo, morreram tentando combater um incêndio, ambos eram brigadistas da usina Santa Isabel. Outras 60 pessoas ficaram feridas.
O governo também aproveitou para reforçar que queimadas emitem fumaça densa e tóxica que prejudica o meio ambiente e a saúde humana, causando problemas ao sistema respiratório e desordens cardiovasculares.
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