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A inteligência não tem um único pico: cada habilidade mental atinge o auge em uma fase diferente da vida | Freepik
Ao longo da história, grandes nomes provaram que a genialidade pode florescer em momentos diferentes da vida. Mas será que existe uma idade específica em que o cérebro humano atinge seu máximo potencial intelectual?
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Um estudo publicado na revista Psychological Science, liderado por Joshua Hartshorne, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em parceria com Harvard, analisou dados de mais de 48 mil pessoas para tentar responder a essa questão.
O resultado surpreendeu ao mostrar que a inteligência humana não tem um único auge ligado à idade.
Os pesquisadores descobriram que as habilidades cognitivas não se desenvolvem nem declinam ao mesmo tempo.
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A velocidade de processamento das informações atinge o topo entre 18 e 19 anos, enquanto a memória de curto prazo se mantém estável até os 25 anos, começando a cair lentamente depois disso.
Por outro lado, a capacidade de reconhecer emoções e compreender melhor as pessoas ao redor continua a evoluir até os 40 ou 50 anos.
Um dado curioso é que o vocabulário tende a crescer até bem mais tarde: participantes entre 65 e 75 anos se saíram melhor do que pessoas mais jovens, mostrando que a inteligência pode continuar a amadurecer ao longo da vida.
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O cérebro humano não envelhece de maneira uniforme. Algumas funções perdem velocidade, enquanto outras se fortalecem com a experiência.
Essa diferença foi explicada pelo psicólogo Raymond Cattell na década de 1960, quando dividiu a inteligência em dois tipos:
A inteligência fluida tende a atingir o auge entre os 18 e 25 anos e, a partir daí, declina gradualmente, conforme o cérebro perde parte de sua agilidade.
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Já a inteligência cristalizada continua crescendo, alimentada pelo aprendizado contínuo e pelas experiências de vida.
O psicólogo Philip L. Ackerman mostrou que adultos mais velhos possuem muito mais conhecimento acumulado do que os jovens, principalmente em áreas específicas.
Por exemplo, alguém de 60 anos pode ter um vocabulário mais extenso e uma compreensão mais profunda de certos temas, mesmo que seu raciocínio rápido já não seja o mesmo.
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Ackerman destacou que inteligência e conhecimento não são sinônimos: resolver problemas complexos exige tanto raciocínio quanto experiência.
Assim, um estudante pode ter uma mente afiada, mas dificilmente escreverá uma tese com a profundidade de um professor com décadas de prática, porque a vivência também é uma forma de inteligência.
As atividades realizadas influenciam na inteligência adquirida por cada pessoa; algumas atividades podem aumentar a capacidade cognitiva.
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