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Maior aterro da América Latina transforma lixo em créditos de carbono

Aterro de Caieiras se consolida como exemplo de economia circular

Leonardo Siqueira

05/11/2025 às 22:15

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Instalações capturam metano do lixo e convertem em energia limpa

Instalações capturam metano do lixo e convertem em energia limpa | Reprodução YouTube | Manual do Mundo

O Aterro Sanitário de Caieiras, na região metropolitana de São Paulo, é o maior da América Latina e se tornou referência em soluções ambientais ao transformar resíduos urbanos em energia limpa e créditos de carbono.

O que antes era apenas destino final do lixo passou a integrar a cadeia de combate às mudanças climáticas.

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Créditos de carbono

Esse processo começa com a decomposição do lixo orgânico, que gera biogás, composto principalmente por metano, um gás com alto potencial de aquecimento global. Em vez de ser liberado na atmosfera, esse biogás é capturado por sistemas de engenharia instalados no aterro.

A partir disso, ele pode ser queimado de forma controlada, transformando-se em dióxido de carbono e vapor d’água, ou purificado para ser utilizado na geração de energia elétrica.

Segundo a superintendente Técnica e de Sustentabilidade do Grupo Solví, Luciana Gutierres disse ao portal R7, a captura e o aproveitamento do biogás evitam que o metano (28 vezes mais poluente que o CO) seja emitido.

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Esse processo dá origem aos créditos de carbono, que podem ser usados para compensar emissões de empresas, organizações e eventos. Cada crédito representa uma tonelada de dióxido de carbono que deixou de ser lançada na atmosfera.

Reciclômetro

Desde que iniciou a operação de captura de gás, em 2006, o aterro já certificou mais de 9 milhões de créditos de carbono. Todos são auditados e rastreados, com registro da quantidade exata de biogás capturado, purificado, queimado ou convertido em energia.

A rastreabilidade, segundo Luciana, garante a transparência ambiental e a legitimidade dos créditos emitidos. O Grupo Solví opera atualmente usinas termoelétricas movidas a biogás em diferentes estados do país e já ultrapassou a marca de 28 milhões de créditos de carbono emitidos.

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A energia gerada é inserida no sistema elétrico e contribui para a substituição de fontes fósseis, como carvão e gás natural.

Além da geração de energia e crédito de carbono, o aterro também desenvolve ações de educação ambiental e monitoramento de reciclagem. Em eventos sustentáveis, sistemas como o “Reciclômetro” são utilizados para medir, em tempo real, o impacto positivo do descarte correto dos resíduos.

Para especialistas, iniciativas como essa mostram como a gestão de resíduos pode ultrapassar a função de descarte e se tornar parte da transição para uma economia de baixo carbono.

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“Cada tonelada de dióxido de carbono evitada representa um passo real na construção de um futuro climático mais seguro. Isso só é possível com a integração de governos, empresas e sociedade”, afirma Luciana.

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