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Medos e tragédias: por que o aeroporto de Congonhas é considerado o mais perigoso do Brasil

História, localização e acidentes marcantes: Saiba tudo sobre o aeroporto que exige perícia máxima dos pilotos

Julia Teixeira

12/10/2025 às 07:00

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Histórias de tragédias, pista curta e área urbana transformam este aeroporto em um dos mais desafiadores para os pilotos

Histórias de tragédias, pista curta e área urbana transformam este aeroporto em um dos mais desafiadores para os pilotos | Wikimedia Commons

O Aeroporto de Congonhas, localizado em São Paulo, é um gigante da aviação brasileira, mas também carrega a fama de ser o aeródromo mais desafiador do país.

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Com uma localização peculiar, cercado por morros e prédios, e uma pista notavelmente curta, ele exige perícia máxima de pilotos e atenção constante das autoridades. Saiba mais sobre a história e os motivos que colocam Congonhas no centro das discussões sobre segurança e capacidade operacional.

O Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, é amplamente reconhecido não só pela sua localização icônica, mas também pelos estímulos operacionais que impõe, apesar de disputar espaço com o Aeroporto de Galeão.

Situado entre a Baía de Guanabara e as montanhas que cercam a cidade, o aeroporto é um dos mais movimentados do Brasil, mas sua geografia peculiar o coloca entre os mais desafiadores para pousos e decolagens.

Nas classificações de aeroportos, o Santos Dumont é frequentemente mencionado como um dos mais críticos em termos de operação. Sua pista curta exige precisão absoluta dos pilotos. 

Qualquer erro de cálculo pode resultar em graves consequências, já que, de um lado, há o mar, e do outro, a área urbana densamente habitada do centro do Rio.
O Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, é amplamente reconhecido não só pela sua localização icônica, mas também pelos estímulos operacionais que impõe, apesar de disputar espaço com o Aeroporto de Galeão. Situado entre a Baía de Guanabara e as montanhas que cercam a cidade, o aeroporto é um dos mais movimentados do Brasil, mas sua geografia peculiar o coloca entre os mais desafiadores para pousos e decolagens. Nas classificações de aeroportos, o Santos Dumont é frequentemente mencionado como um dos mais críticos em termos de operação. Sua pista curta exige precisão absoluta dos pilotos. Qualquer erro de cálculo pode resultar em graves consequências, já que, de um lado, há o mar, e do outro, a área urbana densamente habitada do centro do Rio.
Localizado em uma das regiões mais turísticas da Bahia, o Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, é um dos aeroportos mais desafiadores do Brasil. O que torna o aeroporto peculiar e arriscado é sua proximidade com o mar e a geografia que cerca a cidade. 

O Aeroporto Jorge Amado possui uma pista localizada bem próxima à orla, o que oferece aos passageiros uma vista incrível do oceano, mas ao mesmo tempo desafia os pilotos. 

Ventos fortes vindos do mar podem desestabilizar as aeronaves durante as manobras de pouso e decolagem. Outro ponto que agrava a complexidade deste aeroporto é o clima da região, que frequentemente alterna entre sol intenso e chuvas repentinas. 

Em dias nublados, a visibilidade reduzida se torna um fator de risco adicional, dificultando a precisão nas manobras de aterrissagem. 

Além disso, a pista relativamente curta em comparação a outros grandes aeroportos impõe restrições às aeronaves maiores, aumentando ainda mais o desafio para os pilotos, que precisam ser extremamente precisos em suas abordagens.

Fotos: Wikimedia Commons
Localizado em uma das regiões mais turísticas da Bahia, o Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, é um dos aeroportos mais desafiadores do Brasil. O que torna o aeroporto peculiar e arriscado é sua proximidade com o mar e a geografia que cerca a cidade. O Aeroporto Jorge Amado possui uma pista localizada bem próxima à orla, o que oferece aos passageiros uma vista incrível do oceano, mas ao mesmo tempo desafia os pilotos. Ventos fortes vindos do mar podem desestabilizar as aeronaves durante as manobras de pouso e decolagem. Outro ponto que agrava a complexidade deste aeroporto é o clima da região, que frequentemente alterna entre sol intenso e chuvas repentinas. Em dias nublados, a visibilidade reduzida se torna um fator de risco adicional, dificultando a precisão nas manobras de aterrissagem. Além disso, a pista relativamente curta em comparação a outros grandes aeroportos impõe restrições às aeronaves maiores, aumentando ainda mais o desafio para os pilotos, que precisam ser extremamente precisos em suas abordagens. Fotos: Wikimedia Commons

Desde sua inauguração em 1936, Congonhas tem sido palco de momentos cruciais para a aviação nacional. No entanto, a fama de “perigoso” intensificou-se após dois acidentes aéreos fatais e marcantes, que levantaram grandes questionamentos sobre sua localização e a segurança das áreas vizinhas.

O ditado "uma imagem vale mais que mil palavras" descreve bem a sensação que muitos passageiros e pilotos têm ao pousar ou decolar em Congonhas.

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A combinação de pista curta com o denso tecido urbano ao redor, incluindo prédios na rota de aproximação, molda sua operação. Por isso, a história de Congonhas está intrinsecamente ligada à busca constante por aprimoramento de segurança aérea.

Acidentes que mudaram o aeroporto

Dois grandes acidentes abalaram a confiança no aeroporto e redefiniram seus padrões de operação. O primeiro foi a queda do Voo Tam 402 em 31 de outubro de 1996.

O Fokker 100 sofreu falhas mecânicas, matando 99 pessoas e destruindo vários imóveis na região vizinha, gerando um amplo debate sobre a segurança urbana próxima ao aeroporto.

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No dia 17 de julho de 2007, o país assistiu a mais uma tragédia, o Voo Tam 3054. Na época, a aeronave, um Airbus A320, saiu da pista e colidiu com um prédio de cargas da própria empresa, causando a morte de 199 pessoas — 187 a bordo e 12 em solo.

Portanto, esses eventos catastróficos forçaram uma reavaliação completa da capacidade e dos limites operacionais de Congonhas.

A capacidade operacional atual

Após o acidente de 2007, as operações em Congonhas foram drasticamente revisadas. Embora o aeródromo, inaugurado há 79 anos, possua uma pista principal de 1.940 metros e uma auxiliar de 1.435, sua capacidade foi ajustada.

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Anteriormente, o aeroporto operava com até 48 movimentos (pousos ou decolagens) por hora, mas os órgãos regulamentadores reajustaram esse número para cerca de 33 a 36 operações por hora.

Dessa forma, Congonhas mantém-se operando nos seus limites de segurança. A infraestrutura tecnológica, incluindo instrumentos como ALS e ILS CAT I, auxilia na operação mesmo sob condições climáticas adversas.

Atualmente, Congonhas lida com aproximadamente 536 voos diários. Isso significa que um avião pousa ou decola a cada dois minutos, mantendo sua posição como o terceiro aeroporto mais movimentado do Brasil, ficando atrás apenas de seu vizinho mais novo, o Aeroporto de Guarulhos.

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