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Histórias de tragédias, pista curta e área urbana transformam este aeroporto em um dos mais desafiadores para os pilotos | Wikimedia Commons
O Aeroporto de Congonhas, localizado em São Paulo, é um gigante da aviação brasileira, mas também carrega a fama de ser o aeródromo mais desafiador do país.
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Com uma localização peculiar, cercado por morros e prédios, e uma pista notavelmente curta, ele exige perícia máxima de pilotos e atenção constante das autoridades. Saiba mais sobre a história e os motivos que colocam Congonhas no centro das discussões sobre segurança e capacidade operacional.
Desde sua inauguração em 1936, Congonhas tem sido palco de momentos cruciais para a aviação nacional. No entanto, a fama de “perigoso” intensificou-se após dois acidentes aéreos fatais e marcantes, que levantaram grandes questionamentos sobre sua localização e a segurança das áreas vizinhas.
O ditado "uma imagem vale mais que mil palavras" descreve bem a sensação que muitos passageiros e pilotos têm ao pousar ou decolar em Congonhas.
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A combinação de pista curta com o denso tecido urbano ao redor, incluindo prédios na rota de aproximação, molda sua operação. Por isso, a história de Congonhas está intrinsecamente ligada à busca constante por aprimoramento de segurança aérea.
Dois grandes acidentes abalaram a confiança no aeroporto e redefiniram seus padrões de operação. O primeiro foi a queda do Voo Tam 402 em 31 de outubro de 1996.
O Fokker 100 sofreu falhas mecânicas, matando 99 pessoas e destruindo vários imóveis na região vizinha, gerando um amplo debate sobre a segurança urbana próxima ao aeroporto.
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No dia 17 de julho de 2007, o país assistiu a mais uma tragédia, o Voo Tam 3054. Na época, a aeronave, um Airbus A320, saiu da pista e colidiu com um prédio de cargas da própria empresa, causando a morte de 199 pessoas — 187 a bordo e 12 em solo.
Portanto, esses eventos catastróficos forçaram uma reavaliação completa da capacidade e dos limites operacionais de Congonhas.
Após o acidente de 2007, as operações em Congonhas foram drasticamente revisadas. Embora o aeródromo, inaugurado há 79 anos, possua uma pista principal de 1.940 metros e uma auxiliar de 1.435, sua capacidade foi ajustada.
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Anteriormente, o aeroporto operava com até 48 movimentos (pousos ou decolagens) por hora, mas os órgãos regulamentadores reajustaram esse número para cerca de 33 a 36 operações por hora.
Dessa forma, Congonhas mantém-se operando nos seus limites de segurança. A infraestrutura tecnológica, incluindo instrumentos como ALS e ILS CAT I, auxilia na operação mesmo sob condições climáticas adversas.
Atualmente, Congonhas lida com aproximadamente 536 voos diários. Isso significa que um avião pousa ou decola a cada dois minutos, mantendo sua posição como o terceiro aeroporto mais movimentado do Brasil, ficando atrás apenas de seu vizinho mais novo, o Aeroporto de Guarulhos.
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