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Cada vez que um bloco é validado, o minerador recebe uma recompensa em criptomoeda | Imagem gerada por IA
Instalações clandestinas de mineração de criptomoedas chamam a atenção de autoridades em diversas partes do mundo. Esses “garimpos digitais”, muitas vezes escondidos em locais improváveis — como caminhões e contêineres — podem consumir tanta eletricidade que chegam a sobrecarregar redes inteiras, afetando vilarejos e cidades.
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Minas de criptomoedas são espaços físicos com dezenas ou até milhares de computadores de alto desempenho. Eles executam cálculos complexos para validar transações em redes como Bitcoin e Ethereum.
O trabalho exige funcionamento ininterrupto, o que faz com que o consumo de energia seja elevado. Quando ligadas ilegalmente, essas operações representam prejuízo para empresas de energia e risco de instabilidade no fornecimento.
A mineração de criptomoedas é o processo de validar e registrar transações. Sem o custo da energia, o minerador tem um lucro líquido maior do que pagando a conta de luz.
A ação é legal somente em algumas regiões, mas ilegal principalmente onde há falta de energia, como em algumas federações da Rússia.
Na República da Buriácia, na Rússia, fiscais descobriram em 2025 uma operação ilegal dentro de um caminhão KamAZ — veículo popular no país.
Durante uma inspeção de rotina, técnicos identificaram que a estrutura estava desviando energia de uma linha de 10 quilovolts, carga suficiente para abastecer uma vila inteira.
Dentro do veículo, foram apreendidos 95 equipamentos de mineração e um transformador móvel. Segundo a agência estatal russa TASS, duas pessoas suspeitas de operar o esquema fugiram antes da chegada da polícia.
Este foi o sexto caso de furto de eletricidade para mineração identificado na Buriácia só em 2025, conforme a Rosseti Sibéria, responsável pela rede elétrica local.
Em regiões como Buriácia, Chechênia, Daguestão e Irkutsk, há restrições sazonais ou mesmo proibições completas, principalmente nos meses de maior demanda por energia.
A região de Irkutsk, por exemplo, é famosa por ter tarifas elétricas subsidiadas, o que atrai grandes fazendas de mineração, como a BitRiver — considerada a maior operadora legal do setor no país.
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Situações semelhantes aconteceram no Cazaquistão. Depois de uma proibição total na China, os moradores foram para o novo país — que chegou a ser o segundo maior produtor mundial de Bitcoin.
Autoridades fecharam, em 2022, dezenas de minas clandestinas que drenavam energia da rede nacional, segundo o Ministério da Energia.
O governo local justificou que a mineração irregular estava agravando a escassez de eletricidade, forçando o desligamento de usinas e afetando residências e indústrias.
Especialistas recomendam que governos fiscalizem essas instalações e criem políticas para equilibrar o uso de energia em períodos críticos, evitando que o “garimpo digital” comprometa a infraestrutura elétrica de cidades inteiras.
**Texto com informações do Cointelegraph
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