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Morcegos vivem o equivalente a 180 anos sem câncer e isso pode levar à cura da doença

Estudos revelam que espécie possui um mecanismo anticancerígeno que inspira novos tratamentos oncológicos

Gabriela Barbosa

29/06/2025 às 09:00

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Morcegos de 30 gramas podem ajudar seres humanos a se livrarem do câncer

Morcegos de 30 gramas podem ajudar seres humanos a se livrarem do câncer | Miriam Fischer/Pexels

Os morcegos podem ser a chave para revolucionar o tratamento do câncer. Um estudo publicado na Nature Communications revelou que os animais, que pesam menos de 30 gramas, vivem até 35 anos – o equivalente a 180 anos em humanos – e raramente desenvolvem a doença.

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Agora, cientistas da Universidade de Rochester estão investigando como esses mamíferos conseguem driblar o câncer, mesmo com um metabolismo acelerado que, em teoria, deveria torná-los mais suscetíveis à doença.

Por que os morcegos quase não têm câncer?

A resposta está em um poderoso mecanismo genético. Diferente dos humanos, que possuem duas cópias do gene supressor de tumores TP53, os morcegos têm oito. Esse excedente de proteínas p53 age como um vigilante, eliminando células defeituosas antes que virem tumores.

Além disso, os morcegos mantêm a telomerase – enzima ligada à regeneração celular – ativa por mais tempo. Normalmente, isso aumentaria o risco de câncer, mas a ação reforçada do TP53 equilibra o processo, evitando divisões descontroladas.

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Sistema imunológico poderoso

Outro segredo está na imunidade desses animais. "Os morcegos têm um sistema imunológico extremamente eficiente, capaz de eliminar diversos patógenos mortais", explica Vera Gorbunova, uma das autoras do estudo, à CNN. Essa defesa também ataca células cancerígenas.

Enquanto humanos enfrentam inflamação crônica com a idade, os morcegos mantêm um controle preciso. Isso evita danos celulares e reduz as chances de mutações perigosas, mesmo vivendo décadas.

Como a descoberta ajuda no tratamento humano?

A pesquisa abre caminho para novas terapias oncológicas. Já existem medicamentos que miram o gene TP53, mas os morcegos mostram que aumentar sua atividade com segurança pode ser a chave. 

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Outra possibilidade é regular a telomerase para melhorar a regeneração sem perder a proteção antitumoral.

Embora não seja uma solução imediata, o estudo reforça que a natureza já tem respostas. "Se pudéssemos aprimorar a p53 ou ajustar nossa telomerase, isso poderia resultar em terapias preventivas", afirmam os pesquisadores.

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