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Homem mora em casinha no meio de condomínio de luxo porque se recusou a vendê-la

A saga de um engenheiro que defende seu lar em Coral Gables e não troca suas memórias por dinheiro

Lohe Duarte

01/07/2025 às 17:14

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Lar da familia Capote em Coral Gables, Miami

Lar da familia Capote em Coral Gables, Miami | Imagem gerada por IA

Em meio ao luxo de Miami, uma casa modesta se destaca e ela pertence a Orlando Capote, um homem que recusa às ofertas milionárias de incorporadoras, mantendo sua propriedade como um reduto de resistência.

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A briga de Capote, é mais do que uma disputa por terras; é uma defesa de seus direitos como morador e do acesso a serviços básicos, os quais ele alega terem sido negados pela construção.

Cercado por torres de até dez andares que bloqueiam a luz e a brisa, Capote acusa as autoridades de Coral Gables de favorecerem os desenvolvedores, ignorando o bem-estar dos cidadãos. Ele sente que o governo tirou o sonho americano e deu para o incorporador.

O sonho da casa própria

A família Capote, imigrantes cubanos, chegou aos Estados Unidos em 1969. Em 1989, Orlando, sua mãe e seu pai, juntos, realizaram o sonho da casa própria em uma rua tranquila de Miami, buscando estabilidade após anos de aluguel crescente.

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A casa  estava a poucos quarteirões do centro de Coral Gables, cidade da Flórida. Nos últimos 20 anos, a paisagem urbana foi rapidamente transformada, com o surgimento de torres residenciais e comerciais ao redor.

A partir de 2004, investidores começaram a comprar terrenos na região e as demolições se intensificaram, deixando a casa dos Capote como uma das últimas remanescentes. Em 2007, uma oferta superior a 900.000 dólares foi feita pela propriedade, mas imediatamente rejeitada.

Novas construções, novos problemas

Em 2019, trazendo maquinário pesado, barulho e poeira as obras tiveram um impacto devastador na família. Em  novembro de 2019 a mãe de Orlando caiu na cozinha e precisou ir para o hospital.

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A obstrução da rua pela construção impediu o acesso rápido dos socorristas, que tiveram que estacionar a mais de 60 metros de distância.

Lucía Capote foi levada ao hospital e "não podia voltar" para casa, uma experiência que o filho lamenta profundamente. Ele alegou a violação de seu direito de acesso e regulamentos de segurança.

A persistência de um cidadão pelo seu sonho

As adversidades fortaleceram a determinação de Capote, ele continua firme, declarando que vai fazer as leis serem cumpridas. Apesar do fim das grandes obras, os transtornos persistem, como desvios para acessar sua propriedade e sombras que agora dominam a casa, bloqueando a luz do sol na maior parte do dia.

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Capote exige justiça: "Tiraram nosso direito em um processo que não foi legal. Nossos direitos à luz, ao ar, à visibilidade, foram tirados de nós”. Sua casa, ele garante, nunca estará à venda.

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