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Nova molécula descoberta promete estimular o crescimento do cabelo

Pesquisadores da Universidade da Califórnia identificaram substância que pode revolucionar o tratamento contra a calvície

José Adryan

25/09/2025 às 14:25  atualizado em 26/09/2025 às 13:38

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Nova molécula SCUBE3 pode acender o crescimento de fios dormentes

Nova molécula SCUBE3 pode acender o crescimento de fios dormentes | Freepik

Uma molécula chamada SCUBE3, descoberta por cientistas da Universidade da Califórnia, em Irvine (EUA), pode ser a chave para combater a alopecia androgenética.

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Testes em camundongos e folículos humanos mostram potencial terapêutico
Testes em camundongos e folículos humanos mostram potencial terapêutico
Pesquisadores da UCI acreditam que SCUBE3 pode virar tratamento contra a calvície (Fotos: Freepik)
Pesquisadores da UCI acreditam que SCUBE3 pode virar tratamento contra a calvície (Fotos: Freepik)

Esse tipo de queda de cabelo é comum tanto em homens quanto em mulheres e ainda carece de tratamentos realmente eficazes.

O estudo foi publicado na revista Developmental Cell e revelou o mecanismo pelo qual células especiais da base de cada folículo piloso, conhecidas como células da papila dérmica, estimulam o crescimento dos fios.

SCUBE3 como peça-chave no crescimento capilar

As células da papila dérmica já são conhecidas por regularem o ciclo do cabelo, mas a base genética dos sinais envolvidos ainda não era clara.

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"Em diferentes momentos do ciclo de vida do folículo piloso, as mesmas células da papila dérmica podem enviar sinais que mantêm os folículos dormentes ou desencadeiam o crescimento de novos fios", explicou Maksim Plikus, autor do estudo.

"Revelamos que a molécula de sinalização SCUBE3, produzida naturalmente pelas células da papila dérmica, é o mensageiro usado para 'dizer' às células-tronco capilares vizinhas para começarem a se dividir, o que anuncia o início do crescimento de novos fios."

Em pessoas com alopecia androgenética, essas células funcionam mal, produzindo bem menos substâncias ativadoras do que o normal. Isso compromete a capacidade do couro cabeludo de gerar novos fios.

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Experimentos em camundongos e humanos

Para entender melhor o processo, os pesquisadores criaram um modelo de camundongo com excesso de pelos e células da papila dérmica hiperativadas. Esse modelo serviu para investigar como o SCUBE3 atua na regulação do crescimento.

"Estudar esse modelo de camundongo nos permitiu identificar o SCUBE3 como a molécula de sinalização até então desconhecida que pode impulsionar o crescimento de pelos", disse a coautora Yingzi Liu, especialista em biologia celular e do desenvolvimento.

Em outro experimento, o SCUBE3 foi microinjetado na pele de camundongos transplantados com folículos do couro cabeludo humano. O resultado foi surpreendente: houve crescimento tanto nos folículos humanos que estavam dormentes quanto nos folículos do próprio animal.

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"Esses experimentos fornecem dados de prova de princípio de que o SCUBE3 ou moléculas derivadas podem ser uma terapia promissora para queda de cabelo", afirmou o coautor Christian Guerrero-Juarez, pesquisador de pós-doutorado na UCI.

Limitações dos tratamentos atuais

Hoje, apenas dois medicamentos têm aprovação da FDA para tratar a alopecia androgenética: a finasterida e o minoxidil.

A finasterida só pode ser usada por homens e ambos os remédios precisam ser aplicados diariamente para manter efeito, além de não funcionarem em todos os casos.

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"Há uma grande necessidade de novos medicamentos eficazes contra a queda de cabelo, e compostos naturais normalmente utilizados pelas células da papila dérmica apresentam candidatos ideais de próxima geração para o tratamento", disse Plikus. 

"Nosso teste no modelo de transplante capilar humano valida o potencial pré-clínico do SCUBE3."

Próximos passos da pesquisa

A Universidade da Califórnia já entrou com um pedido de patente provisória para o uso do SCUBE3 e de moléculas relacionadas como estimuladores de crescimento capilar.

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Os próximos estudos serão conduzidos tanto no laboratório de Plikus quanto na Amplifica Holdings Group Inc., empresa de biotecnologia cofundada por ele.

O trabalho envolveu uma equipe internacional com profissionais da própria UCI, além de especialistas de San Diego, China, Japão, Coreia e Taiwan.

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