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Por que temos que brindar olhando nos olhos um do outro? História vai te surpreender

O costume de olhar nos olhos ao brindar vem de um passado marcado por medo, veneno e desconfiança

Pedro Morani

05/12/2025 às 08:45  atualizado em 05/12/2025 às 10:33

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Brindar olhando nos olhos tem um significado maior do que você pensa

Brindar olhando nos olhos tem um significado maior do que você pensa | Freepik

Você já ouviu a bronca: “Olha nos meus olhos!” na hora do brinde? Para muitos, parece apenas etiqueta. Mas a história por trás desse hábito revela um passado tenso, marcado por medo e estratégia.

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Na Antiguidade e na Idade Média, beber com alguém não era apenas um momento de descontração
Na Antiguidade e na Idade Média, beber com alguém não era apenas um momento de descontração
o bater as taças com força, pequenas quantidades da bebida podiam se misturar entre os recipientes (Fotos: Freepik)
o bater as taças com força, pequenas quantidades da bebida podiam se misturar entre os recipientes (Fotos: Freepik)

O que parece só educação tem raízes em guerras, envenenamentos e códigos de honra que atravessaram séculos.

Olhar para sobreviver: quando o brinde era questão de vida ou morte

Na Antiguidade e na Idade Média, beber com alguém não era apenas um momento de descontração. O risco de envenenamento era real, especialmente em tavernas e reuniões políticas. Por isso, cada gesto à mesa carregava um significado de proteção.

Brindar olhando fixamente nos olhos do outro servia para avaliar intenções. Um olhar fugidio podia indicar nervosismo, medo ou culpa. Manter o contato visual era uma forma de demonstrar que não havia nada a esconder.

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O costume se fortaleceu porque funcionava como um pacto silencioso de confiança. Quem sustentava o olhar mostrava segurança, e, muitas vezes, garantia alguns goles a mais de vida.

O tilintar dos copos como teste de confiança

Além do olhar, o choque forte dos copos tinha uma função prática. Ao bater as taças com força, pequenas quantidades da bebida podiam se misturar entre os recipientes.

Isso funcionava como uma espécie de seguro contra tentativas de envenenamento. Se alguém tivesse colocado algo na bebida do outro, acabava correndo o mesmo risco.

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Por isso, desviar o olhar durante o brinde era visto como comportamento suspeito. O contato visual se tornava um compromisso mútuo de lealdade momentânea.

Da superstição medieval ao hábito moderno


Com o passar dos séculos, o perigo desapareceu, mas o gesto permaneceu. A tradição atravessou gerações e ganhou um novo significado: respeito, presença e conexão.

Hoje, quem não olha nos olhos ao brindar costuma ser visto como mal-educado, desconfiado ou até “portador de azar”. Mesmo sem conhecer a origem, muita gente segue a regra automaticamente.

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O que começou como estratégia de sobrevivência virou símbolo de vínculos sociais. Um passado sombrio transformado em um gesto de celebração.

Desde festejos de ano-novo até encontros casuais, o brinde continua sendo um símbolo de união, e nem sempre lembramos do peso histórico por trás dele.
 

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