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O que a cera de ouvido diz sobre a sua saúde?

Cientistas pesquisam relação da substância com câncer e outras doenças

Jenny Perossi

23/05/2025 às 15:48  atualizado em 23/05/2025 às 15:50

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Bebês já produzem cera.

Bebês já produzem cera. | Imagem: PxHere

Você tem nojo de cera de ouvido? Essa mistura pegajosa que todos nós produzimos definitivamente não é um assunto confortável, mas você sabia que ela pode dizer muito sobre a sua saúde?

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Descobertas recentes no campo da genética e da medicina mostraram que a cera de ouvido, que foi por muito tempo ignorada nos estudos, na verdade possui ligações com doenças como cânceres severos e condições cardíacas.

Doença rara faz com que a cera de ouvido fique com cheiro de maple syrup, iguaria canadense. Imagem: Ian Mackenzie/Flickr
Doença rara faz com que a cera de ouvido fique com cheiro de maple syrup, iguaria canadense. Imagem: Ian Mackenzie/Flickr
Algumas doenças afetam o funcionamento das mitocôndrias, organela presente nas células. Imagem: BruceBlaus/Wikimedia Commons
Algumas doenças afetam o funcionamento das mitocôndrias, organela presente nas células. Imagem: BruceBlaus/Wikimedia Commons
Cera seca. Imagem: Kelvinc/Wikimedia Commons
Cera seca. Imagem: Kelvinc/Wikimedia Commons
Cera úmida. Imagem: Ulf Hundeiker/Wikimedia Commons
Cera úmida. Imagem: Ulf Hundeiker/Wikimedia Commons
Bebês já produzem cera. Imagem: PxHere
Bebês já produzem cera. Imagem: PxHere

Entenda agora do que é formada a cera nos nossos ouvidos e como os cientistas pretendem usar ela para diagnosticar doenças.

Do que a cera de ouvido é feita?

Seu nome científico é cerume, ou cerúmen, e ela é produzida por duas glândulas dentro do  ouvido: a ceruminosa e a sebácea. Junto com a secreção das duas glândulas, se misturam flocos de pele morta, cabelo e outros ingredientes para formar a meleca que conhecemos.

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Depois de formado, o cerume é transportado para fora por uma mecanismo na pele do ouvido, com uma velocidade de 0,05 milímetros por dia. E existem dois tipos de cera: a úmida, que é laranja e pegajosa, e a seca, que é cinza e gruda menos.

A cera úmida é mais comum entre pessoas descendentes da África e da Europa, mas 95% das pessoas na Ásia Oriental produzem cera seca nos ouvidos, o que demonstra que a produção de cerume é associada a fatores genéticos.

Informações do metabolismo

Mas as descobertas mais importantes são a de que a cera de ouvido pode ser utilizada para detectar diabetes tipo 1, tipo 2 e Covid-19. Cientistas ainda estudam a hipótese de detecção de problemas cardíacos relacionados com gordura no sangue pelo cerume.

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Nelson Roberto Antoniosi Filho, professor de química da Universidade Federal de Goiás, descobriu que a cera de ouvido possui mais informações sobre o metabolismo de uma pessoa do que outros fluidos, como o sangue e o suor.

“Muitas doenças nos seres vivos são metabólicas” afirma o professor. "Nesses casos, a mitocôndria [organela presente nas células de todos os fungos, plantas e animais] funciona de maneira diferente, produzindo substâncias alternativas e até deixando de produzir outras”.

Entre as doenças metabólicas que possuem potencial para serem detectadas pela cera de ouvido, o professor destaca diabetes, câncer, doença de Parkinson e até mesmo Alzheimer.

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Cientistas também descobriram que a rara doença da urina em xarope de ácer, que faz os fluidos corporais do portador terem cheiro agradável do doce canadense maple syrup, também afeta a cera de ouvido. 

Está vendo? Por trás dessa meleca nojenta que evitamos pensar muito sobre, pode haver muitas informações sobre a sua saúde. 

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