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O que significa ter muitos gatos, de acordo com psicólogos?

Descubra o que a psicologia diz sobre quem tem muitos felinos e os limites entre carinho e compulsão

Joseph Silva

20/05/2025 às 17:48  atualizado em 20/05/2025 às 17:55

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Paixão por gatos em excesso? Psicólogos explicam a relação com solidão e vazio emocional

Paixão por gatos em excesso? Psicólogos explicam a relação com solidão e vazio emocional | Freepik

Quem convive com felinos sabe que é quase impossível resistir a um novo miado procurando um lar. No entanto, especialistas alertam que, quando a paixão por ter gatos em casa se transforma em um comportamento de acúmulo, isso pode indicar questões psicológicas mais profundas. O amor por animais é saudável, mas o excesso pode mascarar problemas.

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Segundo psicólogas entrevistadas pelo portal Minha Vida, a decisão de acumular felinos, muitas vezes, funciona como uma forma de mascarar sentimentos de solidão ou uma grande necessidade de preenchimento emocional. Os especialistas ouvidos indicam que, nestes casos, os gatos acabam representando qualidades ou conexões que estão faltando nas relações humanas da pessoa. É uma busca por afeto.

Existe uma linha tênue entre o carinho genuíno pelos animais e um comportamento compulsivo. A diferença crucial reside na forma como a pessoa se relaciona com os bichanos e nas condições que oferece a eles. Não se trata apenas da quantidade, mas da qualidade do cuidado e da motivação por trás das adoções sucessivas.

A identificação com os felinos

Muitas pessoas se identificam fortemente com os gatos. Uma razão apontada é que os felinos são seres notavelmente independentes, ao mesmo tempo que conseguem ser bastante afetuosos com seus tutores. Essas características, em particular, tendem a atrair indivíduos que, por algum motivo, se sentem incompreendidos em suas interações sociais e buscam conexões alternativas.

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Nesses casos, muitos donos projetam nos seus pets o tipo de conexão ou relacionamento que sentem falta ou não conseguem encontrar facilmente com outras pessoas. Os animais se tornam um refúgio emocional. Essa projeção, embora possa parecer inofensiva à primeira vista, pode ser um sinal de que há questões emocionais humanas que precisam ser trabalhadas e resolvidas.

Quando o amor vira excesso?

Não existe um "número mágico" de gatos que defina se alguém tem um problema. O ponto crucial que transforma o amor em um possível distúrbio está diretamente relacionado à capacidade do dono de garantir o bem-estar de todos os animais sob seus cuidados. Isso inclui oferecer alimentação adequada para cada um, manter a higiene do ambiente em dia e dispor de espaço suficiente para que vivam confortavelmente.

Se o tutor não consegue prover esses cuidados básicos essenciais de maneira consistente para todos os seus animais, o comportamento pode estar associado à chamada síndrome de Noé. Este é um distúrbio psicológico que está ligado ao acúmulo compulsivo de animais, onde a pessoa continua resgatando ou adotando sem ter as condições necessárias para mantê-los saudáveis e seguros. Os animais acabam negligenciados, mesmo que a intenção inicial fosse boa.

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Os motivos psicológicos por trás

Ainda de acordo com os profissionais ouvidos pelo portal Minha Vida, pessoas que acumulam animais, muitas vezes, veem seus pets como uma extensão de si mesmas. É como se os animais fossem partes de sua própria identidade ou representassem aspectos internos. Este tipo de apego excessivo pode ser prejudicial, afetando negativamente a saúde e o bem-estar tanto dos animais quanto do próprio tutor, criando um ciclo de dependência e carência.

Os psicólogos reforçam que ter muitos gatos pode ser motivado por amor genuíno pelos animais ou pode ser um forte sinal da existência de feridas psíquicas não curadas. A diferença fundamental entre uma situação e outra reside na maneira como a pessoa enxerga e trata os bichanos. É vital questionar a motivação por trás de cada adoção.

A distinção crucial está em encarar os gatos como seres independentes, com necessidades próprias e individualidade. O problema surge quando eles são usados, mesmo que inconscientemente, como uma forma de terapia particular ou como "muletas emocionais" para lidar com dores internas ou a solidão. Eles não são ferramentas para preencher vazios humanos; são vidas que precisam de cuidado responsável e individualizado.

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Buscando equilíbrio e saúde mental

Se você, ou alguém que conhece, suspeita que o comportamento de ter muitos gatos pode estar se aproximando de uma compulsão, o passo mais importante é buscar ajuda profissional. Consultar um terapeuta ou psicólogo pode fazer uma grande diferença nesse processo. Um profissional qualificado tem as ferramentas para ajudar a distinguir o carinho e o amor genuíno pelos animais de uma possível dependência emocional que precise ser tratada.

A terapia auxilia na identificação e no tratamento das causas subjacentes do comportamento de acúmulo, como solidão, ansiedade ou traumas passados. O objetivo é resolver a raiz do problema, em vez de usar os animais como uma solução temporária ou disfuncional. O foco se torna a saúde mental do tutor e o bem-estar dos pets.

Além do acompanhamento psicológico individual, participar de grupos de apoio a tutores de animais também pode ser muito benéfico. Esses grupos oferecem um espaço seguro para compartilhar experiências e receber orientação sobre as melhores práticas de posse responsável, manejo de múltiplos animais e como lidar com os desafios que surgem. É uma rede de suporte valiosa.

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Qualidade acima da quantidade

É fundamental internalizar que cada gato adotado merece atenção individualizada, carinho, cuidados veterinários regulares e um ambiente enriquecido que promova seu bem-estar físico e mental. Antes de pensar em adotar mais um felino, é crucial fazer uma avaliação honesta e realista da sua capacidade atual de oferecer uma vida de qualidade a todos os animais que já estão sob sua responsabilidade.

O amor verdadeiro pelos animais é medido não pela quantidade de miados que se ouve em casa, mas sim pelas ações e pela qualidade dos cuidados que são oferecidos a cada ser vivo. Priorizar o bem-estar dos animais existentes e cuidar da própria saúde mental são os pilares de uma relação equilibrada e saudável com seus pets. Compaixão e responsabilidade caminham juntas.

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