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o Volp privilegia a norma culta de uma palavra | Wilson Dias/Agência Brasil
Segunda-feira de manhã, seu despertador toca, mas bate aquela preguiça de levantar da cama? Cuidado! Isso pode ser disania.
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Ou talvez você não tivesse ficado até tarde, ontem a noite, assistindo a um filme de terrir, você conseguisse acordar mais cedo e descansado.
Mas, mudando de assunto agora… E essa pejoatização do mercado? Dá até saudade de ser CLT.
Se você não entendeu nada dos parágrafos acima, não se desespere. “Disania”, “terrir” e “pejotização” são três novas palavras que ainda não existem no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp). Mas estão em uma “lista de espera” aguardando a decisão dos lexicógrafos da Academia Brasileira de Letras (ABL) para saber se vão ou não serem incorporadas de forma oficial no idioma.
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Volp é o documento oficial que determina qual a grafia correta de uma palavra seguindo a norma padrão do português brasileiro. É a lei da gramática.
Ao contrário dos dicionários que usamos em sala de aula – Houaiss e Aurélio, por exemplo – que o objetivo é ensinar o significado de uma palavra, que inclui até gírias e expressões populares que usamos no dia a dia, o Volp privilegia a norma culta de uma palavra.
Em sua busca ele não mostra o significado de uma palavra, mas sim, a forma correta de escrevê-la, a flexão dessa palavra (o pular, por exemplo) e a qual classe gramatical ela serve (se é um verbo, um substantivo, um adjetivo, etc.).
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Para se tornar uma palavra oficial do vocabulário do português do Brasil, segundo o Volp, o termo deve seguir uma estabilidade e o uso contínuo na sociedade. Termos que são “modinhas de momento”, expressões da indústria do entretenimento ou memes que logo somem não devem ser registradas. É o que explica o linguista da USP Marcelo Módolo, em entrevista para o G1.
Por exeplo, em 2002 a TV Globo colocou ao ar a novela “O Clone”, que foi responsável por popularizar a palavra “Inshalá” – expressão árabe que significa “se Deus quiser” ou “se Alá quiser”. Pouco tempo depois, pós-fim da novela, o termo caiu em desuso. Neste caso, para o Volp, não faria sentido registrar a palavra no vocabulário brasileiro.
Os principais critérios para incorporar um novo termo ao vocabulário brasileiro são os seguintes:
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Além de “Disania”, “terrir” e “pejotização”, outras cinco palavras estão na “sala de espera” da Academia Brasileira de Letras (ABL) para entrarem ou não no vocabulário brasileiro. São elas:
A língua está em constante transformação, impulsionada por fatores como avanços tecnológicos, mudanças sociais e influências de outros idiomas. Esse movimento gera novos vocábulos por meio de fenômenos como:
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