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A travessia do Funicular foi inaugurada em 1867, e ligava a cidade de Jundiaí até Santos. | Reprodução/YT/ @Positivas
Considerada como uma das trilhas mais perigosas do estado de São Paulo, a entrada para a travessia do Funicular é proibida por oferecer diversos riscos para a população.
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No entanto, diversos visitantes ignoram o aviso e se aventuram na via-férrea que está abandonada desde 1982.
Estes, chamados de trilheiros da Funicular, não se preocupam com o estado precário das estruturas, e nem com as condições climáticas. E com isso, pode ser fatal para aqueles que entram por esse caminho.
A Gazeta te mostra detalhes sobre a história dela, os obstáculos que ela oferece para as pessoas e principalmente casos de indivíduos que foram e não puderam mais voltar. Confira a seguir:
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A travessia do Funicular foi inaugurada em 1867, e ligava a cidade de Jundiaí até Santos. Para subir a serra do mar, foi construído um sistema que puxava as locomotivas por cabos de aço, que ficou conhecido como Funicular.
Este sistema ajudou muito a questão econômica do estado de São Paulo, pois foi a primeira estrada ferroviária do Brasil a ser construída e facilitou ainda mais o transporte de café para o Porto de Santos.
A travessia acabou sendo desativada em 1982, e a estrada de ferro está abandonada deste então.
A Fundação Florestal que cuida da região tem apenas 50 agentes para patrulhar a área de 438km², equivalente a três vezes a cidade de Santo André, onde fica a Vila de Paranapiacaba.
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Atualmente, há diversos vídeos e fotos nas redes sociais de pessoas visitando o lugar sem ter autorização de um órgão maior ou qualquer monitor, e a segurança delas ficam cada vez mais vulneráveis.
Segundo reportagem feita pelo Fantástico, na Globo, foram registrados diversos clandestinos em grupos andando pela trilha mais perigosa do Estado. Entraram sem a autorização de um monitor e até andaram por cima da ponte ferroviária.
Vídeos e fotos de pessoas que estavam em cima da ponte foram revelados na matéria. Alguns se penduravam em uma altura de aproximadamente 60 metros e outros montavam até rede na estrutura.
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Uma situação perigosa e assustadora, outro caso mostra um rapaz que aparece nas redes sociais se oferecendo como "guia" gravou e divulgou um vídeo em que afirmou que "quebrou o recorde" ao chegar no 10º ferro da ponte deteriorada: "Quero ver alguém quebrar agora", disse.
Como a estrada é inteiramente abandonada em meio à Mata Atlântica, caso algum visitante sofra um acidente, o socorro pode demorar a chegar. E foi o que aconteceu com o Antônio Raphael.
Um dos casos que ficou marcado naquela região foi de Antônio Raphael. Em uma travessia, ele despencou de uma altura de 25 metros, e caiu no leito do rio.
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Ele sofreu traumatismo craniano e várias fraturas pelo corpo, e morreu. Ele foi um dos dois mortos na travessia registrados desde 2020.
O futuro da trilha depende da articulação entre órgãos públicos, concessionária e prefeitura, que já sinalizam interesse em regulamentar e estruturar a visitação.
Se bem conduzido, o processo pode transformar o espaço em um exemplo de turismo seguro e responsável, preservando o patrimônio histórico e ambiental ao mesmo tempo, em que impulsiona o potencial turístico de Paranapiacaba.
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