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O que significa esquecer os nomes das pessoas, segundo a psicologia

Esquecer o nome de alguém não significa que você estava distraído ou desinteressado

Marcos Ferreira

20/05/2025 às 16:24  atualizado em 20/05/2025 às 16:25

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A importância de criar associações mentais para lembrar nomes com mais eficácia

A importância de criar associações mentais para lembrar nomes com mais eficácia | Imagem ilustrativa gerada por IA

Esquecer o nome de alguém logo após uma apresentação é uma situação frequente e que pode gerar certo desconforto.

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Mesmo que a pessoa lembre nitidamente do rosto ou de partes da conversa, o nome tende a sumir da memória com rapidez.

Esse tipo de esquecimento é tema recorrente na psicologia e oferece insights importantes sobre como a mente armazena informações.

A dificuldade de guardar nomes está ligada à forma como o cérebro lida com os dados que recebe.

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Ao contrário de palavras com significados amplamente reconhecidos, como "professor" ou "cachorro", os nomes próprios são rótulos aleatórios, sem significado geral.

Isso faz com que sejam mais difíceis de serem memorizados, sobretudo quando não há associações pessoais ou simbólicas que facilitem sua fixação.

O fenômeno Baker/baker e a vantagem dos significados concretos

Um estudo conhecido como o fenômeno Baker/baker ilustra bem essa questão. Participantes foram expostos à mesma imagem de uma pessoa: para um grupo, foi dito que o sobrenome dela era "Padeiro"; para o outro, que ela trabalhava como "padeiro".

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De forma geral, os que ouviram a profissão lembraram com mais facilidade do que os que ouviram o sobrenome.

A explicação está no fato de que "padeiro" desperta imagens concretas e experiências sensoriais, como o cheiro de pão ou a imagem de uma padaria.

Já "Padeiro", enquanto sobrenome, não evoca nenhuma representação vívida, funcionando apenas como um nome vazio.

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O estudo demonstra que nossa memória funciona melhor com conteúdos que ativam referências conhecidas ou experiências anteriores.

Por que o cérebro tem mais dificuldade com nomes de pessoas

Pesquisadores como Deborah Burke e Donald MacKay afirmam que há uma conexão mais fraca entre o som dos nomes próprios e o significado que atribuímos a eles.

Enquanto termos como "advogado" ou "cavalo" imediatamente despertam imagens ou ideias, nomes como "Ana" ou "João" não trazem associações universais.

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Essa fragilidade torna os nomes mais propensos a serem esquecidos, especialmente quando não são repetidos ou ligados a elementos que facilitem sua lembrança.

Compreender esse padrão ajuda a desenvolver métodos mais eficazes para memorizar nomes, como associá-los a detalhes visuais, situações ou referências familiares.

Esquecer um nome não quer dizer que você não prestou atenção

Muitas pessoas acham que esquecer o nome de alguém significa desatenção, mas isso não corresponde à realidade.

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O cérebro costuma priorizar informações que parecem mais relevantes para as necessidades sociais ou de sobrevivência.

Nomes próprios, se não estiverem ligados a algo emocional ou prático, acabam recebendo menos importância.

Esse funcionamento é, na verdade, uma estratégia natural da mente para economizar energia e focar no essencial.

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Portanto, esquecer nomes recém-aprendidos é algo totalmente normal e não deve ser motivo de culpa ou preocupação excessiva.

Dicas simples para lembrar nomes com mais facilidade

Embora seja comum esquecer nomes, há formas práticas de melhorar essa habilidade.

Uma delas é criar conexões mentais entre o nome e algum elemento marcante da pessoa, como um traço físico, uma peça de roupa ou uma situação vivida durante o encontro.

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Outra técnica eficiente é repetir o nome logo após ouvi-lo, inserindo-o naturalmente na conversa.

Isso reforça a memória de curto prazo e aumenta as chances de que o nome se fixe de forma duradoura. Com pequenas mudanças na forma de prestar atenção, é possível evitar esquecimentos e tornar os encontros mais agradáveis.

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