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Técnica de substituição populacional já integra o Programa Nacional de Combate à Dengue. | Divulgação/Fiocruz
Campinas, no interior paulista, passou a abrigar uma biofábrica da Oxitec preparada para produzir mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, tecnologia que bloqueia a transmissão de dengue, zika e chikungunya.
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A unidade tem capacidade para gerar até 190 milhões de mosquitos por semana, mas só iniciará a produção após autorização excepcional da Anvisa — pedido feito em março e ainda sem previsão de resposta.
Enquanto a empresa aguarda o aval regulatório, a promessa é usar “caixinhas” com ovos para disseminar a Wolbachia em áreas urbanas, estratégia já incorporada ao PNCD desde janeiro e aplicada em ao menos 11 cidades brasileiras.
A Wolbachia é uma bactéria intracelular que não se transmite a humanos ou animais e está naturalmente em cerca de 60% dos insetos.
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Inserida no Aedes aegypti, ela impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se multipliquem no mosquito, reduzindo assim o risco de transmissão quando o inseto pica uma pessoa.
A biofábrica de Campinas não só cria insetos, mas produz caixinhas que guardam ovos do mosquito com Wolbachia.
Dentro das caixas há também uma dieta que permite às larvas se desenvolverem ao receber água. Ao eclodirem, os mosquitos adultos saem por pequenos furos e iniciam o acasalamento local.
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Alguns números e características que ajudam a entender o alcance da iniciativa:
A empresa solicitou autorização excepcional à Anvisa em março, mas ainda não recebeu o aval para começar a produzir.
Em nota ao portal g1, a agência afirmou que "ainda ainda não há autorização da Anvisa para a produção de mosquitos com a bactéria Wolbachia pela empresa Oxitec". A Anvisa disse também que o tema está na sua Agenda Regulatória e que o processo será analisado com prioridade conforme o cenário epidemiológico.
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Desde janeiro, a técnica de substituição populacional com Wolbachia faz parte do Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD) do Ministério da Saúde.
Segundo o texto original, o método já está em uso em ao menos 11 cidades brasileiras, o que mostra adoção crescente dentro do país.
A proposta promete diminuir casos de dengue e outras arboviroses de forma sustentável, sem uso de pesticidas tóxicos.
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A ideia é que, ao substituir gradualmente a população local de Aedes por mosquitos que não transmitem vírus, o risco de surtos diminua com o tempo.
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