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Pequeno município do interior paulista supera grandes capitais no Índice de Progresso Social e vira exemplo de qualidade de vida no Brasil. | DIvulgação/PMGM
Pequena no tamanho e gigante em qualidade de vida, Gabriel Monteiro, no interior de São Paulo, apareceu como a segunda melhor cidade do País no Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2025. O município deixou para trás grandes capitais brasileiras no ranking de qualidade de vida.
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Com pouco mais de 2,7 mil habitantes, o município alcançou 71,29 pontos no estudo, que avalia 57 indicadores socioambientais ligados à saúde, educação, segurança, bem-estar, oportunidades e direitos. A cidade ficou atrás apenas de Gavião Peixoto, também em São Paulo.
O levantamento do IPS Brasil 2025, considerado um dos mais completos do País, analisa resultados concretos na vida da população. Em vez de olhar só para o PIB ou para o volume de investimentos, o índice mede quanto políticas públicas, serviços e infraestrutura melhoram o cotidiano de quem vive nas cidades.
O estudo faz parte de um ranking nacional de qualidade de vida baseado no Índice de Progresso Social (IPS), que compara o desempenho de milhares de municípios brasileiros.
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Localizada no interior paulista, Gabriel Monteiro tem a economia baseada na agricultura, mas decidiu ir além dessa vocação. Nos últimos anos, o município intensificou investimentos em infraestrutura urbana, educação, saúde e geração de empregos, criando um ambiente estável e acolhedor para os moradores.
Segundo o IPS Brasil 2025, a combinação entre serviços públicos eficientes, políticas sociais contínuas e sensação de segurança ajudou a elevar a nota geral da cidade. O resultado fez o município superar centros muito maiores, como Curitiba, Campo Grande, Brasília e até São Paulo.
Entre as iniciativas que mais chamam atenção estão o transporte público gratuito, a melhoria da iluminação em bairros residenciais e áreas centrais e ações voltadas ao bem-estar comunitário. Essas medidas ajudam a reduzir desigualdades e a facilitar o acesso da população a serviços básicos.
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Na prática, o morador de Gabriel Monteiro sente os efeitos dessas decisões no dia a dia. Ter ônibus gratuito significa mais autonomia para estudar, trabalhar, cuidar da saúde e acessar serviços públicos, sem que o custo da passagem seja um problema.
A iluminação reforçada, por sua vez, amplia a sensação de segurança nas ruas ao anoitecer e estimula o uso de praças e espaços públicos. Ruas mais claras tendem a afastar a criminalidade e aproximar os vizinhos, o que fortalece o vínculo entre os moradores.
O município também passou a priorizar a educação como ferramenta de transformação social. Segundo o estudo, os investimentos no setor contribuíram para elevar o nível de escolaridade e ampliar a permanência de crianças e jovens na escola, o que se reflete em melhores perspectivas de futuro.
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Entre as medidas práticas adotadas estão o transporte público gratuito para a população, a iluminação pública reforçada em bairros e vias principais, investimentos contínuos em educação básica e políticas sociais voltadas ao bem-estar da comunidade.
Além disso, a cidade preserva tradições culturais, como a Festa de São Pedro, que movimenta o comércio local, fortalece o turismo regional e reforça o sentimento de pertencimento. Esses elementos ajudam a manter laços comunitários fortes, um dos aspectos valorizados nos indicadores de bem-estar.
O IPS Brasil 2025 também mostra a força do estado de São Paulo no cenário nacional. De acordo com o estudo, 14 das 20 cidades mais bem colocadas no ranking de qualidade de vida são paulistas, em linha com outros levantamentos sobre cidades de São Paulo com alta qualidade de vida medida pelo IPS, o que sinaliza continuidade em políticas públicas de educação, saúde e desenvolvimento social.
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Entre as primeiras posições aparecem Gavião Peixoto, líder da lista, além de Jundiaí, Águas de São Pedro, Cândido Rodrigues, Pompéia, Itupeva e Araraquara. O levantamento ainda destaca municípios como Ribeirão Preto, Jaguariúna, Adamantina, Votuporanga e Louveira, todos com desempenho acima da média brasileira.
Segundo o índice, capitais importantes também têm boa performance, mas perdem espaço para cidades de porte médio e pequeno. Curitiba, Campo Grande e Brasília ocupam posições de destaque, enquanto São Paulo aparece em quarto lugar entre as capitais, com 68,88 pontos, atrás dessas três.
O Índice de Progresso Social adota uma metodologia diferente de indicadores puramente econômicos. Em vez de medir apenas crescimento financeiro, o estudo analisa se as pessoas conseguem transformar riqueza em qualidade de vida real, com acesso a direitos e serviços essenciais.
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De acordo com os organizadores do IPS Brasil 2025, a análise se baseia em três grandes dimensões: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. Cada uma delas reúne dezenas de indicadores, que vão da saúde à inclusão social.
Nas necessidades humanas básicas entram itens como saúde, segurança, acesso à água, saneamento e condições de moradia. Nos fundamentos do bem-estar, o índice observa educação, comunicação, meio ambiente e sustentabilidade.
Na dimensão de oportunidades, o estudo avalia acesso ao ensino superior, liberdade individual, inclusão e perspectivas de crescimento ao longo da vida. Juntas, essas dimensões mostram quanto cada cidade consegue oferecer para que seus moradores vivam com dignidade.
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O índice utiliza bases de dados públicas atualizadas, como DataSUS, CadÚnico, Anatel, MapBiomas e Instituto de Estudos para Políticas de Saúde. Segundo os responsáveis pelo estudo, cruzar essas fontes permite ter um retrato mais completo do cotidiano das cidades e de como as políticas chegam à população.
A posição de Gabriel Monteiro no ranking reforça uma tendência observada há alguns anos por especialistas em planejamento urbano: municípios menores, quando bem administrados, podem oferecer uma qualidade de vida superior à de grandes metrópoles marcadas por trânsito intenso, violência e desigualdade.
Segundo o IPS Brasil 2025, cidades de pequeno porte conseguem implementar políticas com mais rapidez e proximidade, o que favorece o acompanhamento de resultados. A gestão local tem condições de ouvir a população com mais frequência e ajustar programas de acordo com as demandas do dia a dia.
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Em Gabriel Monteiro, a combinação entre serviços bem estruturados, ambiente comunitário estável e atenção às necessidades básicas transformou o município em referência nacional. A cidade mostra que desenvolvimento social não depende apenas de tamanho populacional ou de grandes obras, mas de escolhas consistentes ao longo do tempo.
Enquanto grandes capitais ainda enfrentam desafios históricos em mobilidade, moradia e segurança, a experiência do interior paulista indica que políticas públicas integradas, sustentadas por dados e planejamento, podem mudar a realidade de milhares de pessoas e criar lugares onde viver bem é uma meta possível.
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