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Um pedaço de outro planeta do tamanho de dois continentes foi encontrado dentro da Terra

Colisão cósmica de 4,5 bilhões de anos deixou restos dentro da Terra e ajudou a formar a Lua, confirma estudo internacional

Joseph Silva

27/10/2025 às 21:14

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Pesquisadores descobrem fragmentos de planeta antigo chamado Theia enterrados a 2.900 km de profundidade, do tamanho de dois continentes.

Pesquisadores descobrem fragmentos de planeta antigo chamado Theia enterrados a 2.900 km de profundidade, do tamanho de dois continentes. | Imagem gerada por IA

A Terra guarda segredos antigos em seu interior. Pesquisadores internacionais mapearam áreas profundas do nosso planeta que acreditam ser remanescentes de outro mundo primitivo. Esses fragmentos, enterrados a aproximadamente 2.900 quilômetros de profundidade, têm o tamanho de dois continentes e revelam uma história cósmica de colisão e transformação.

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O planeta fantasma que colidiu com a Terra

Há 4,5 bilhões de anos, no início da história do nosso sistema solar, a Terra primitiva foi atingida por outro planeta denominado Theia. Essa colisão cataclísmica não destruiu nosso planeta, mas deixou marcas permanentes em suas profundezas. Os restos dessa colisão ainda estão presentes dentro da Terra, preservados em suas camadas mais internas.

A descoberta não é acidental. Os pesquisadores mapearam sistematicamente como as ondas sísmicas viajam através das diferentes regiões da crosta terrestre. Essas ondas de energia, geradas por terremotos e explosões, comportam-se de maneira diferente dependendo do material que atravessam.

Como os cientistas identificaram os restos de Theia

O segredo estava nas vibrações. Os pesquisadores descobriram áreas onde as ondas sísmicas viajam em velocidades ligeiramente diferentes. Isso ocorre porque os restos de Theia são entre 2% a 3,5% mais densos do que o restante da crosta terrestre. Essa diferença de densidade desacelera as ondas sísmicas, criando um padrão detectável.

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Mapeando essas variações de velocidade, a equipe internacional conseguiu localizar e delimitar o tamanho aproximado dos fragmentos. O resultado foi surpreendente: os restos do planeta Theia ocupam uma área equivalente a dois continentes, enterrados no coração do nosso planeta.

A formação da Lua: consequência da colisão

A colisão entre a Terra primitiva e Theia teve consequências que transformaram o sistema solar. Segundo pesquisadores, essa mesma colisão catastrófica resultou na formação da Lua. Os materiais lançados para o espaço durante o impacto se aglomeraram, criando o satélite natural que vemos hoje no céu noturno.

Isso significa que a Lua não é apenas um acompanhante acidental, mas um descendente direto dessa colisão antiga. Cada vez que olhamos para a Lua, estamos observando um testemunho vivo de um evento que moldou a história da Terra.

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Evidências sísmicas revelam a verdade do cosmos

A pesquisa reforça uma teoria que os cientistas especulavam há anos. Agora, com dados sísmicos precisos, a equipe internacional conseguiu apresentar evidências concretas. Os restos de Theia encontram-se distribuídos no manto terrestre, preservados pela profundidade e pressão extremas.

Essa descoberta muda a forma como compreendemos nossa origem. A Terra não surgiu sozinha, mas através de um encontro violento entre dois mundos primitivos. Os fragmentos desse encontro — do tamanho de continentes — ainda dormem nas profundezas, aguardando futuras pesquisas que possam revelar ainda mais sobre nosso passado cósmico.

Um planeta dentro do planeta

Quando comparamos a escala, os restos de Theia são colosais. Dois continentes de material densidade extrema, enterrados no interior da Terra. Isso não é apenas um achado científico, mas uma conexão tangível com a história do universo. Cada estrutura geológica, cada montanha e oceano, existe porque um dia outro planeta colidiu com o nosso.

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  • Theia colidiu com a Terra há 4,5 bilhões de anos
  • Os fragmentos estão localizados a 2.900 km de profundidade
  • Os restos têm o tamanho aproximado de dois continentes
  • São 2% a 3,5% mais densos que o restante da crosta terrestre
  • Essa colisão originou a formação da Lua
  • A descoberta foi publicada na revista científica Nature

Implicações para a ciência planetária

Essa descoberta tem implicações profundas para entender como os planetas se formam e evoluem. Se a Terra contém fragmentos de outro planeta, o mesmo pode ocorrer com Marte, Vênus e outros mundos. Os cientistas agora procuram padrões semelhantes em outras investigações sísmicas de nosso sistema solar.

O interior da Terra deixa de ser apenas uma massa de rocha e metal desconhecida. Torna-se um arquivo vivo, um museu geológico que preserva a história de colisões cósmicas antigas. Os restos de Theia sussurram através das ondas sísmicas, contando uma história que começou 4,5 bilhões de anos atrás.

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