Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Uma das principais bases para a confirmação da existência de Jesus são os relatos de historiadores contemporâneos ou quase contemporâneos ao período em que ele teria vivido. | Wikimedia Commons
A figura de Jesus Cristo sempre tem sido objeto de intensos debates ao longo dos séculos. No entanto, a maioria dos historiadores concorda que há evidências substanciais para sustentar a existência histórica de Jesus.
Continua depois da publicidade
Nesta matéria, a Gazeta reúne os principais argumentos e fontes que apoiam essa conclusão, destacando a importância de registros antigos e análises acadêmicas. Confira a seguir:
Uma das principais bases para a confirmação da existência de Jesus são os relatos de historiadores contemporâneos ou quase contemporâneos ao período em que ele teria vivido. Entre os mais relevantes estão:
Flávio Josefo: Historiador judeu do primeiro século, Josefo faz duas referências a Jesus em sua obra Antiguidades Judaicas (93-94 d.C.).
Continua depois da publicidade
Apesar de uma dessas passagens ser controversa devido a possíveis interpolações cristãs, a outra menciona Jesus de forma indireta ao se referir a Tiago como “o irmão de Jesus, chamado Cristo”.
Tácito: Historiador romano do início do século II, ele menciona Jesus em seus Anais da Roma Imperial (116 d.C.), descrevendo sua execução durante o governo de Pôncio Pilatos, sob a égide do imperador Tibério.
A referência aparece no contexto da perseguição aos cristãos promovida por Nero após o incêndio de Roma.
Continua depois da publicidade
Plínio, o Jovem: Em uma carta ao imperador Trajano, por volta de 112 d.C., Plínio relata que os cristãos “entoavam hinos a Cristo como a um deus”, demonstrando a centralidade de Jesus para a fé emergente.
Esses relatos, aliados aos textos cristãos primitivos, como as epístolas de Paulo e os evangelhos do Novo Testamento, formam um corpo de evidências que muitos estudiosos consideram suficientes para atestar a existência histórica de Jesus.
Embora amplamente aceita por historiadores, a existência de Jesus é ocasionalmente contestada por céticos.
Continua depois da publicidade
Filósofos como Michel Onfray sugerem que Jesus pode ser uma construção simbólica, enquanto correntes conhecidas como “miticistas” afirmam que tanto Jesus quanto Nazaré seriam invenções cristãs.
Entretanto, historiadores como Bart Ehrman e Maurice Casey, ambos ateus, criticam duramente essas teorias, qualificando-as como pseudo acadêmicas (pseudo = falso, enganador).
Ehrman enfatiza que no mundo antigo não houve questionamentos significativos sobre a existência de Jesus, sendo ele amplamente reconhecido, mesmo por críticos judeus e pagãos.
Continua depois da publicidade
Embora a arqueologia não forneça provas diretas da existência de Jesus, ela corrobora aspectos do contexto histórico descrito nos evangelhos.
Um exemplo notável é a descoberta de uma inscrição em Cesareia, em 1961, que confirma a existência de Pôncio Pilatos.
Além disso, a prática da crucificação – central para a narrativa da Paixão de Cristo – é amplamente documentada como método de execução romana.
Continua depois da publicidade
Artefatos como o Sudário de Turim geram interesse popular, mas a comunidade acadêmica permanece cética quanto à sua autenticidade.
Descobertas sensacionalistas, como alegações de que Jesus seria descendente de Cleópatra, também são descartadas por falta de evidências concretas.
As evidências históricas disponíveis indicam que Jesus foi uma figura real, mencionada por fontes cristãs e não cristãs em períodos relativamente próximos à sua vida.
Continua depois da publicidade
Embora alguns debates persistam, o consenso acadêmico reflete a força das fontes históricas que sustentam sua existência.
A figura de Jesus continua a fascinar tanto estudiosos quanto o público, não apenas por sua relevância histórica, mas também por seu impacto cultural duradouro.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade