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Conheça o santuário natural em Mato Grosso do Sul, joia da biodiversidade brasileira | Reprodução/Facebook/Buraco das Araras
O Mato Grosso do Sul é um conhecido paraíso da fauna e da flora. Mas o estado ainda guarda segredos que surpreendem até os cientistas. Uma cratera de 300 mil anos chamou a atenção da comunidade acadêmica por sua grande diversidade animal, com centenas de araras-vermelhas, jacarés e cobras.
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Popularmente conhecido como “Mundo perdido” o local deslumbra os amantes da natureza pela riqueza de cores, sons e diferentes formas de vida.
A dolina possui 100 metros de profundidade e cerca de 500 metros de circunferência, abrigando uma impressionante colônia de 120 araras-vermelhas. Além delas, mais de 150 espécies de aves e outros animais silvestres chamam o local de lar.
Reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) em 2007, a área protege sua rica biodiversidade. Essa medida garante a conservação desse ecossistema único, permitindo a pesquisa, o ecoturismo e a educação ambiental de forma controlada.
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O Buraco das Araras é um tesouro ecológico com uma variedade de vida impressionante. Jacarés, cobras, roedores, macacos e morcegos habitam a cratera. Dezenas de pássaros, como pica-paus, periquitos e andorinhas, também voam livremente por ali.
Um pequeno lago, abastecido por chuva e nascentes, compõe o fundo da cavidade. Ele serve de casa para um jacaré-do-papo-amarelo e serpentes, incluindo uma sucuri de quase sete metros. A vegetação também prospera, com capins, flores e árvores frutíferas.
A formação geológica começou há mais de 10 milhões de anos, mas a grande cavidade que hoje abriga tantas espécies se formou há cerca de 300 mil anos. Trabalhadores rurais descobriram o imenso buraco em 1912, já povoado por araras.
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A história do "mundo perdido" começou a ser desvendada na percepção dos peões. O turismólogo Josenildo Vasquez resgata esse momento marcante, quando eles encontraram o grande buraco com muitas araras, um resultado de milhares de anos de sedimentação.
Os paredões da cratera são cruciais para a rotina e a reprodução das araras-vermelhas, daí o nome da área. Durante a época de acasalamento, as aves constroem seus ninhos nas cavidades rochosas, buscando segurança para os filhotes.
A bióloga Salete Cinti complementa: "Além disso, os paredões ajudam no controle do crescimento dos bicos, que se desgastam naturalmente enquanto bicam as pedras e exploram o ambiente." Isso garante a saúde e a sobrevivência das aves.
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O local permite visitas guiadas, como trilhas suaves de 970 metros e observação de aves. O turismo é rigorosamente controlado para não impactar o ambiente, sendo sempre acompanhado por guias. A interação com animais é proibida, garantindo a tranquilidade da fauna.
Os valores dos passeios, que variam de R$ 117 a R$ 385, contribuem diretamente para a manutenção e conservação da área, reforçando o compromisso com a sustentabilidade. Desde 2007, a entrada de pessoas no fundo do buraco é restrita, liberada apenas para pesquisas científicas sob fiscalização.
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