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Mês de maio também é conhecido como 'Maio Vermelho', para conscientizar sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC) | Kjpargeter/Freepik
O mês de maio também é conhecido como "Maio Vermelho", para conscientizar sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Alguns especialistas comentaram sobre a dificuldade da dolorosa e lenta reconstrução do bem-estar do paciente após sofrer um AVC. O processo exige paciência, tecnologia e um apoio qualificado.
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Casos públicos como os do cantor Arlindo Cruz, que sofreu um AVC hemorrágico em 2017, e do ator Milton Gonçalves, vítima de um AVC isquêmico em 2020, escancararam quão complexa é essa jornada.
Fala, movimento, memória e autonomia podem ser comprometidos. E, apesar do empenho da medicina tradicional, a recuperação é lenta, desgastante e, muitas vezes, emocionalmente exaustiva. Entenda mais abaixo.
Mesmo quando o susto de um AVC passa e o paciente sobrevive, o tempo que vem depois costuma ser o mais desafiador: o de reaprender a viver. E o cenário nacional reforça essa preocupação.
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Segundo a Sociedade Brasileira de AVC, aproximadamente 70% dos sobreviventes não conseguem retornar ao trabalho devido às sequelas, e cerca de 50% tornam-se dependentes de outras pessoas para atividades cotidianas.
Esses números evidenciam a necessidade urgente de estratégias eficazes de reabilitação que promovam a autonomia e a qualidade de vida dos pacientes.
“A reabilitação pós-AVC exige mais do que técnica. Ela exige tempo, suporte e, acima de tudo, caminhos que façam sentido para cada paciente”, afirmou a neurologista Soraya Cecilio, da Bright Brains, healthtech brasileira especializada em protocolos personalizados de neuromodulação.
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Segundo a especialista, a dor não é só física. Muitas vezes, o maior sofrimento está na perda da identidade e da funcionalidade social.
Pensando em como melhorar as técnicas para que os pacientes consigam viver melhor após isso, técnicas como a neuromodulação não invasiva vêm ganhando espaço.
Aprovada pela Anvisa e praticada no Brasil há 15 anos, a tecnologia utiliza campos magnéticos ou impulsos elétricos para estimular regiões específicas do cérebro. Já usada com sucesso em casos de depressão resistente e transtornos de ansiedade, é também uma aliada na recuperação neurológica de pacientes que sofreram AVC.
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Segundo Soraya, associar a neuromodulação a uma rede de apoio bem preparada pode acelerar os ganhos cognitivos e motores.
"A tecnologia é importante, mas precisa estar conectada a um ecossistema de cuidado: fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição e, principalmente, acolhimento familiar. Quando o ambiente colabora, o cérebro responde melhor", explicou.
A eficácia da neuromodulação não invasiva é respaldada por evidências científicas consistentes. A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), uma das principais técnicas utilizadas, possui nível A de evidência para a reabilitação de funções motoras e cognitivas quando aplicada nos primeiros meses após o AVC.
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Graças a este potencial de evolução, o Hospital Israelita Albert Einstein incorporou a neuromodulação ao seu centro de reabilitação. No local, é utilizada como estratégia complementar no tratamento de pacientes com sequelas motoras, reforçando sua aplicabilidade em protocolos multidisciplinares que visam à autonomia e à qualidade de vida.
O neurologista do dr.consulta, Daniel Yankelevich, neurologista do dr.consulta, reforça que o sucesso da recuperação depende da continuidade do cuidado e terapia multiprofissional.
“O tratamento eficaz do AVC vai muito além do hospital. Ele exige uma rede de cuidado coordenada. A recuperação
envolve, sobretudo, a prevenção de um novo evento - o que requer investigação detalhada da causa do AVC e terapias específicas para cada caso -, além de reabilitação com fisioterapia para a função motora, fonoaudiologia para a fala, entre outros profissionais. Esse protocolo multidisciplinar é essencial para promover o bem-estar integral do paciente e restaurar sua autonomia e qualidade de vida”, finalizou.
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