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Cordões servem para identificar neurodivergências e deficiencias de maneira discreta. | Imagem gerada por inteligência artificial
Pessoas neurodiversas, ou seja, que possuem autismo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, dislexia e outras condições, podem utilizar cordões para se identificar.
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Com os avanços na psicologia e na psiquiatria, novas condições de neurodiversidade são identificadas e reconhecidas, e é preciso também que essas pessoas possam usufruir de seus direitos.
Saiba mais sobre neurodiversidade e entenda o que simboliza cada cordão agora:
O cordão de girassol talvez seja o mais usado por pessoas no transporte público. Ele simboliza deficiências que não são facilmente reconhecidas. O colar mostra a funcionários de um estabelecimento, por exemplo, que a pessoa necessita de um pouco mais de compreensão e apoio extra.
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Entre as deficiências ocultas estão as auditivas, visuais, intelectuais, paralisia cerebral ou de pessoas que estão dentro do espectro autista e outras. O cordão foi reconhecido em 2023 como como símbolo nacional de identificação de pessoas com deficiências ocultas.
Já o cordão de quebra-cabeças é específico para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O colar indica que a pessoa pode precisar de um nível maior de apoio, compreensão nas interações e atenção especial no respeito ao espaço pessoal.
A invasão do espaço pessoal, seja com toques sem consentimento (aquele “tapinha” nas costas), aproximação repentina e outros gestos são inadmissíveis, e pessoas autistas sofrem ainda mais com esse tipo de manifestação.
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O cordão do infinito simboliza especificamente a neurodiversidade, seja TEA, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dislexia e outras condições. O colar ajuda a condicionar as pessoas sobre a existência da neurodiversidade.
Até 1998 os psicólogos e psiquiatras acreditavam que transtornos de neurodivergência eram doenças mentais, causadas durante o desenvolvimento infantil. A “culpa” era quase sempre direcionada à mãe.
Foi a socióloga australiana Judy Singer que expôs os problemas óbvios com essa teoria. Judy mostrou que cada pessoa possui um cérebro único, e o que entendemos como neurodivergências são graus mais acentuados dessa diferença.
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Neurodivergências não são doenças, portanto não podem ser “curadas” e nem possuem causa. O problema não está na diversidade, e sim na máquina social que força todos a produzirem da mesma maneira.
Judy contou ao jornal The Guardian que sua mãe, húngara sobrevivente do holocausto, apresentava sinais de autismo, mas foi quando a filha da socióloga recebeu o diagnóstico de asperger que Judy começou a perceber sinais de autismo nela mesma.
Foi então essa compreensão genética que fez Singer questionar as bases do que se compreendia como autismo, e escrever sobre a neurodiversidade:
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“Alguém precisava assumir essa responsabilidade, e esse é o meu papel. Escrever sobre isso. E mais: nós precisávamos de um movimento. Foi isso que defendi na minha tese ", declarou a socióloga ao The Guardian.
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