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Entenda por que reduzir o consumo pode transformar a saúde e o envelhecimento feminino, segundo a médica Natalia Gennaro | Imagem gerada por IA
“Açúcar não é para mulheres, especialmente aquelas com mais de 40 anos.” O alerta da ginecologista Natalia Gennaro, especialista em antienvelhecimento, tem ganhado atenção justamente por tocar num ponto sensível: o impacto dos hábitos alimentares na menopausa.
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A médica explica ao jornal espanhol El Mundo que essa fase marca não apenas o fim da fertilidade, mas o início de um processo de reorganização profunda do corpo.
“As pacientes chegam preocupadas em voltar à ‘vida antiga’, mas esquecem que acumulam 50 anos de danos”, diz. Segundo ela, o segredo está em entender e agir sobre os mecanismos que provocam os sintomas.
Ondas de calor, ganho de peso, insônia e alterações de humor são apenas a ponta do iceberg. Para Gennaro, o foco deve estar em compreender por que esses sintomas surgem e como desacelerar o envelhecimento celular.
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A médica explica que, com a menopausa, os níveis de estrogênio, progesterona e testosterona — os chamados hormônios da juventude — despencam. Em contrapartida, aumentam os hormônios relacionados ao envelhecimento, como o cortisol e a insulina. Essa combinação gera um terreno fértil para inflamações.
“Quando o estrogênio cai, nosso sistema imunológico reage com um processo inflamatório até cinco vezes maior que o normal”, afirma. Esse desequilíbrio, segundo ela, é responsável por parte do mal-estar que muitas mulheres enfrentam na transição hormonal.
Mas há saída. A especialista aposta em uma abordagem que une reposição hormonal e mudanças de estilo de vida. “Os hormônios funcionam como uma orquestra sinfônica. Não adianta focar em um instrumento só, é preciso harmonia entre todos.”
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O primeiro passo do método de Gennaro é um estudo detalhado da paciente e a criação de uma dieta anti-inflamatória personalizada. “É a chave para eliminar aqueles dois ou três quilos extras da menopausa e garantir o sucesso do tratamento”, explica ao El Mundo.
Ela recomenda uma alimentação rica em vegetais, antioxidantes e frutas vermelhas — sempre bem lavadas para reduzir pesticidas — e pobre em carboidratos. “Açúcar não é para nós, especialmente depois dos 40”, reforça. O álcool, segundo ela, também deve ser evitado.
Essa base alimentar, somada à disciplina, é o que permite envelhecer com mais qualidade. “O lado bom é que podemos envelhecer mais lentamente. O lado ruim é que isso exige muita conscientização e mudança de hábitos”, afirma.
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Outro pilar essencial é o descanso. “A privação do sono causa distúrbios neuroinflamatórios que aumentam o risco de Alzheimer, demência e Parkinson”, alerta. Dormir bem é, portanto, tão importante quanto se alimentar bem.
Gennaro também defende o exercício físico como potente anti-inflamatório. “Se eu tivesse que escolher apenas um tipo, ficaria com o treinamento de força. Com a idade, perdemos massa muscular, e ela é vital para nossa saúde óssea e metabolismo.”
Por fim, a suplementação completa o cuidado. A especialista indica vitamina D com K2, magnésio e ômega-3. “Esses três nutrientes fortalecem o sistema imunológico, reduzem inflamações e mantêm a comunicação saudável entre as células”, conclui.
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