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O cometa é o terceiro detectado vindo de fora do Sistema Solar | Imagem: International Gemini Observatory
O Cometa 3I/Atlas, terceiro objeto espacial detectado por nós vindo de fora do Sistema Solar, continua deixando cientistas de cabelo em pé. Depois de passar pelo seu periélio, ou seja, momento mais próximo, o cometa não se desintegrou como esperado.
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O objeto já havia sido incluído em uma lista de observação da Nasa depois de exibir comportamentos estranhos para um cometa, e o cientista Avi Loeb chegou a sugerir que o objeto se tratava de uma nave alienígena depois de observar seu peso.
Qual perigo o 3I/Atlas representa para nós? Será que o planeta Terra será invadido por uma raça super inteligente de alienígenas malvados, como nos filmes de ficção científica?
A resposta curta para a pergunta anterior é não. Conforme explica Aster Santana, mestrande do Instituto de Física de São Carlos da USP, a trajetória do cometa já é bastante estudada pela comunidade científica, que observa a progressão do Atlas há meses:
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“Ele não representa de forma alguma um risco para a gente porque a gente conhece a trajetória dele. A ciência conhece muito bem a mecânica orbital, a gente entende há séculos”.
A trajetória e a velocidade de todos os objetos do Sistema Solar é definida pela força da gravidade, e a gravidade dos planetas e do Sol já é “carne de vaca” para o campo da astronomia. O cometa não é exceção:
“Ele não vai passar nem perto da Terra, provavelmente não vai nem ser suficiente para ser visível ao olho. Quem dirá ter qualquer risco de colisão”, expõe ê especialista. “Ele tá inclusive rápido demais para sequer continuar no nosso sistema solar”, confirma.
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O 3I/Atlas se move a uma velocidade altíssima, 61 km/s segundo medições da Nasa, o que supera muito a velocidade de cerca de 40 km/s necessária para escapar do Sistema Solar. A menor distância que terá da Terra será de cerca de 270 milhões de quilômetros.
Segundo ê mestrande, o cometa desperta tanta curiosidade e atenção da mídia por ser apenas o terceiro objeto interestelar que detectamos passando pelo nosso sistema.
“Ele é interessante porque vem de fora. Não tem muitos objetos registrados assim, e a gente está começando a ver mais por causa das nossas capacidades melhores de observação hoje em dia”, afirma elu. Como é raro, vários de seus comportamentos parecem incomuns por não possuírem precedentes científicos.
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Mas Aster Santana é bastante enfátique: “Ele não é um risco porque ele está rápido demais e a gente conhece a trajetória dele. O 3I/Atlas não está vindo em direção a Terra”.
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