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Parque no Amapá e Pará entrega aventura, biodiversidade e uma das paisagens mais remotas da Amazônia | Reprodução/Youtube
O maior parque do Brasil segue quase intocado entre o Amapá e o Pará e entrega um cenário que surpreende até quem já conhece a Amazônia. Visitar o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque pede planejamento e curiosidade antes de entrar na floresta.
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Entre árvores de mais de 80 metros, rios claros e trilhas que avançam por uma vegetação monumental, o visitante percebe que a aventura começa muito antes da chegada.
O Tumucumaque guarda experiências que vão além das paisagens. Cada curva de rio e cada trecho de mata revelam um ambiente raro, protegido e cheio de histórias.
O Tumucumaque é a maior unidade de conservação de proteção integral do país e alcança 3,7 milhões de hectares. Entre Amapá e Pará, inclui municípios como Serra do Navio, Calçoene e Oiapoque, além de Almeirim, no lado paraense. Cada área preserva características próprias e compõe um mosaico natural amplo e pouco explorado.
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Segundo Marina Kluppel, coordenadora do ICMBio, parte do fascínio está nas árvores gigantes. Ela explica ao G1 que, no Escudo das Guianas, a floresta cresce de forma única, criando uma paisagem tão vertical quanto profunda e que ainda guarda áreas quase inalteradas.
A visita exige preparo. O acesso depende de autorização do ICMBio, e agências especializadas costumam organizar o trajeto, já que o contato com guias e pilotos é indispensável. A logística acompanha quem decide explorar essa região isolada.
A aventura começa em Macapá e segue pela BR-210 até Serra do Navio em um trajeto de cerca de cinco horas. Parte do caminho é em estrada sem asfalto, o que evidencia a mudança de paisagem antes mesmo da entrada no parque.
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De lá, o roteiro segue pelo rio Amapari, quando a viagem se torna mais imersiva. A mata se aproxima e a sonoridade da floresta passa a marcar o ritmo. Cada trecho do percurso revela um pouco do que aguarda o visitante.
A subida segue até a base Jupará, estrutura do ICMBio onde é possível acampar. O isolamento faz parte da experiência, e os visitantes levam itens pessoais e de cozinha. A região reúne trilhas, corredeiras e cachoeiras e permite momentos de aventura e contemplação.
Esse tipo de imersão lembra relatos sobre áreas amazônicas que ainda mantêm forte presença de biodiversidade, como mostrado em pesquisas que investigam mudanças na floresta.
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Além das paisagens, o parque abriga espécies inéditas, como uma variedade do peixe matupiri, reforçando o valor científico da área. Pesquisadores exploram a região para compreender uma biodiversidade que, mesmo vasta, ainda está sendo desvendada.
O ICMBio estuda ampliar o acesso responsável por meio do projeto Um Dia no Parque, promovido com organizações ambientais. A proposta aproxima públicos da conservação sem comprometer a proteção do território.
Com isso, o maior parque do Brasil se firma como destino de aventura e como espaço de conhecimento sobre uma Amazônia que segue diversa e preservada, semelhante ao que ocorre em áreas que enfrentam desafios climáticos mostrados em estudos sobre rios e mudanças ambientais no Norte.
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