Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Saiba como identificar produtos transgênicos e garanta escolhas mais saudáveis | Moisés Dorado / USP Imagens
Você sabe o que come? Muitos alimentos em sua mesa contêm organismos geneticamente modificados (OGM), os transgênicos. Entender sua origem e impacto é fundamental para uma alimentação consciente e decisões informadas. Esses produtos têm uma discriminação clara em suas embalagens: uma letra "T" dentro de um triângulo amarelo.
Continua depois da publicidade
Criados em laboratório, esses produtos são motivo de debate global. Identificá-los e compreender seus potenciais efeitos na saúde e no ambiente permite seu direito de escolha como consumidor. Fique atento aos sinais.
Alimentos transgênicos são produtos feitos com organismos que tiveram seu material genético alterado. Isso ocorre pela transferência de genes entre espécies diferentes, um processo realizado em laboratório, usando modernas técnicas de engenharia genética.
Essas modificações visam criar novas espécies vegetais mais resistentes. Podem introduzir um gene de vírus ou inseto em uma planta. O objetivo é aumentar sua resistência à seca, ao frio, a pragas, doenças ou certos agrotóxicos.
Continua depois da publicidade
É importante notar que os produtos transgênicos podem conter genes de diversas fontes. Isso inclui genes provenientes de porcos, peixes, insetos, e até mesmo de vírus e bactérias. Assim, a composição pode surpreender.
No Brasil, muitos alimentos contêm ingredientes transgênicos. Entre eles estão soja, milho, trigo, tomate, beterraba, óleos e cana-de-açúcar. Produtos lácteos e feijão também podem ser incluídos.
Além dos ingredientes básicos, muitos alimentos processados incorporam OGM. Bolachas, bolos, pães, cereais matinais, hambúrgueres e salsichas são exemplos. A maioria desses itens pode conter transgênicos.
Continua depois da publicidade
Embora hoje a maioria das pesquisas recentes não aponte riscos associados ao consumo dos transgênicos, no passado, estudos indicaram potenciais preocupações. Segundo essas análises, poderiam causar, por exemplo, alergias e intolerâncias alimentares em humanos.
Outro alerta era a possível redução ou anulação da eficácia de antibióticos. Outras teorias diziam que esses alimentos podem aumentar o nível de certas toxinas.
Conforme o IDEC, "Com a inserção de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos, as pragas e as ervas-daninhas poderão desenvolver a mesma resistência, tornando-se “superpragas” e “superervas”."
Continua depois da publicidade
Os prejuízos ambientais são graves, como explica o IDEC. "Os prejuízos para o meio ambiente também serão graves: maior poluição dos rios e solos e desequilíbrios incalculáveis nos ecossistemas."
A comercialização de transgênicos está restrita a grandes empresas do agronegócio.
Este pacote inclui produtos como fertilizantes e pesticidas próprios que devem ser utilizados com as novas variedades de organismo. É um sistema integrado que gera dependência.
Continua depois da publicidade
Um problema sério é a monopolização da agricultura por grandes corporações. Isso compromete a agricultura familiar, impactando os pequenos produtores. A autonomia dos agricultores diminui, afirmam alguns especialistas.
Plantas transgênicas estéreis, chamadas de “terminator”, agravam a situação. Por não se reproduzirem, elas forçam o agricultor a comprar novas sementes a cada plantio. Exigem, ainda, agrotóxico específico, do mesmo fabricante.
As espécies transgênicas são protegidas por patentes. "o agricultor que decidir utilizá-las deverá pagar royalties para a empresa detentora da tecnologia", segundo o IDEC. Isso aumenta a dependência dos agricultores.
Continua depois da publicidade
Ainda há carência de estudos sobre os efeitos desses alimentos. Muito desconhecimento sobre a manipulação genética persiste.
Organismos de defesa do consumidor exigem rotulagem de todos os alimentos com ingredientes transgênicos. O objetivo é facilitar a identificação nas prateleiras dos mercados. Assim, o consumidor pode decidir o que comprar.
No Brasil, a Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, a Lei de Biossegurança, regula as atividades com OGM. Abrange pesquisa, manipulação e comercialização de produtos e alimentos transgênicos no país.
Continua depois da publicidade
A lei visa proteger a vida humana e todas as demais formas de vida, animais ou vegetais. Também busca resguardar o meio ambiente. Ela estabelece parâmetros claros para o uso desses organismos.
O artigo 40 da Lei 11.105, de 2005, determina: "Os alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de OGM ou derivados deverão conter informação nesse sentido em seus rótulos, conforme regulamento."
A escolha final sempre deve ser do consumidor.
Continua depois da publicidade
Segundo especialistas, as principais dicas para identificar alimentos transgênicos são:
Manter-se informado sobre os alimentos que você consome é um ato de cuidado. Fazer escolhas conscientes impacta sua saúde, o meio ambiente e a sustentabilidade da agricultura.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade