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Comer melhor pode ser a melhor forma de emagrecer | Freepik
A obesidade e o sobrepeso são hoje dois dos maiores desafios globais de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o acúmulo excessivo de gordura corporal está diretamente relacionado a doenças graves.
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Em 2021, cerca de 3,7 milhões de mortes foram atribuídas a doenças não transmissíveis ligadas ao índice de massa corporal (IMC) elevado, de acordo com a OMS.
Tradicionalmente, acreditava-se que a inatividade física era a principal responsável pelo ganho de peso.
No entanto, estudos mais recentes sugerem que a ingestão excessiva de calorias, especialmente vindas de alimentos ultraprocessados, pode ser o verdadeiro motor da epidemia de obesidade.
A pesquisa analisou 4.213 adultos de 34 populações ao redor do mundo, incluindo caçadores-coletores, agricultores e moradores de centros urbanos industrializados, utilizando duas métricas principais: IMC e porcentagem de gordura corporal.
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Os resultados mostraram que populações economicamente mais desenvolvidas apresentavam maiores taxas de obesidade, maior IMC e maior percentual de gordura corporal, mesmo com gastos energéticos totais mais altos, devido ao maior tamanho corporal.
O médico Thomas M. Holland, do RUSH Institute for Healthy Aging, em entrevista ao portal Medical News Today, explicou:
“Populações industrializadas não são necessariamente menos ativas. Elas apenas consomem mais calorias, principalmente de alimentos ultraprocessados. O desequilíbrio entre ingestão e necessidade energética é o ponto central”.
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Os pesquisadores destacaram que os alimentos ultraprocessados, comuns em dietas de países desenvolvidos, são altamente calóricos, de fácil digestão e absorção, e projetados para estimular o consumo exagerado.
Isso reduz a perda de energia fecal e aumenta a quantidade de calorias efetivamente absorvidas pelo organismo.
No estudo, quanto maior a presença de ultraprocessados na dieta, maior era o percentual de gordura corporal dos participantes.
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“Embora o exercício seja essencial para a saúde geral, sua contribuição direta para a perda de peso pode ser superestimada”, afirmou Holland. “Alimentos hiper palatáveis diminuem a saciedade, facilitando o consumo em excesso.”
O cirurgião bariátrico Mir Ali, do MemorialCare Surgical Weight Loss Center, reforça: “A alimentação é o fator mais determinante para quem busca emagrecer. Atividade física é importante para preservar massa muscular e saúde metabólica, mas não compensa uma dieta desequilibrada.”
Holland acrescenta que a qualidade das calorias ingeridas importa tanto quanto, ou até mais do que, a quantidade. “Políticas públicas podem desempenhar um papel importante ao facilitar escolhas saudáveis”, diz.
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A nova perspectiva trazida pela ciência é clara: a epidemia de obesidade está mais ligada à nossa alimentação do que ao nosso nível de atividade.
Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e promover dietas baseadas em alimentos naturais e integrais são caminhos promissores para frear o avanço dessa crise de saúde global.
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