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Sintoma que pode indicar problemas no coração é negligenciado por muitos | Foto: Reprodução/Freepik
Temida, mas ainda muito subestimada, a insuficiência cardíaca afeta 6,8% das pessoas com mais de 45 anos na Espanha.
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E essa proporção sobe para 20% entre aqueles com mais de 85 anos. A previsão é de que, até 2030, a doença afetará um quarto da população idosa, uma consequência direta do envelhecimento demográfico e do aumento dos fatores de risco.
Por trás desses números, esconde-se uma realidade preocupante: muitos pacientes desconhecem os primeiros sinais que permitiriam uma intervenção mais precoce.
Esse termo se refere à incapacidade do músculo do coração de bombear sangue – de forma eficiente – por todo o corpo. Com os tecidos e órgãos recebendo menos oxigênio e nutrientes, o corpo começa a dar sinais como fadiga, acúmulo de líquido e sobrecarga do coração.
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Essa fraqueza muscular, geralmente, ocorre após doença arterial coronariana, hipertensão mal controlada, danos às válvulas cardíacas ou um ataque cardíaco. Tabagismo, diabetes, sedentarismo e obesidade também aumentam os fatores de risco.
A insuficiência cardíaca é uma doença progressiva, ou seja, com o passar dos anos, ela piora. Se não tratada da forma correta, ela limita gradualmente a capacidade de realizar tarefas do dia a dia. Em pessoas com mais de 65 anos, é um dos principais motivos de hospitalizações.
Os tratamentos disponíveis não prometem a cura da doença, mas ajudam a estabilizá-la e retardam sua progressão.
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Medicamentos específicos, dispositivos implantados como marca-passos ou desfibriladores, monitoramento médico e mudanças no estilo de vida oferecem aos pacientes a oportunidade de permanecerem ativos. O transplante de coração só é mais comum em casos mais avançados da doença.
Médicos cardiologistas alertam sobre os sinais visíveis que o corpo dá em relação à doença. Um dos mais comuns é o aparecimento de edema nas pernas, tornozelos e pés. Esse inchaço, associado à retenção de líquidos, não desaparece após o repouso.
Podendo até mesmo deixar uma marca quando pressionado, um edema indica que o acúmulo de líquido se infiltrou nos tecidos. Esse fenômeno é justificado pela dificuldade do coração em circular o sangue adequadamente, que se acumula nas veias dos membros inferiores.
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Além do edema, outros sinais não devem ser negligenciados. Segundo a cardiologista Emmanuelle Berthelot, presidente do Grupo de Insuficiência Cardíaca e Cardiomiopatia da França, existem muitos indicativos da doença.
Entre eles, a dificuldade em respirar durante exercícios físicos e, em alguns casos, até mesmo em repouso ou deitado. Ganho de peso em um curto período de dias também pode ser um sinal, indicando uma possível retenção de líquidos no corpo. Além, é claro, do sinal mais comum: cansaço excessivo.
Uma simulação simples mostra que um ganho de peso repentino de três quilos em uma semana, acompanhado de falta de ar incomum, deve ser relatado a um médico imediatamente.
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Os médicos enfatizam que a detecção precoce da insuficiência cardíaca permite a adaptação ao tratamento e evita inúmeras hospitalizações. Atividade física regular, controle da pressão arterial e uma dieta com baixo teor de sal também ajudam a reduzir os riscos.
Pesquisadores estão trabalhando em novos medicamentos e sensores conectados ao corpo, capazes de monitorar a progressão da doença em tempo real para antecipar descompensações. Esses avanços podem mudar o tratamento nos próximos anos e melhorar de forma sustentável a qualidade de vida dos pacientes.
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