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No último ano, 27% dos líderes e 26% dos liderados receberam diagnóstico de estresse, ansiedade ou burnout | Freepik
Em comparação a 2024, a edição de 2025 da pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho trouxe números alarmantes sobre o psicológico dos trabalhadores brasileiros: o consumo de medicamentos para saúde mental quase triplicou em apenas um ano.
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Cerca de 52% dos líderes e 59% dos liderados declaram fazer uso de medicação para tratar transtornos mentais e emocionais, como estresse, ansiedade e burnout. Em 2024, somente 18% dos gestores e 21% da equipe tomavam os medicamentos.
A sétima edição do levantamento anual foi realizada pela The School of Life, em parceria com Robert Half. No total, 774 profissionais do Brasil com nível superior e mais de 25 anos foram entrevistados entre julho e agosto de 2025. Metade deles são líderes e a outra metade, liderados.
A quantidade de uso dos medicamentos não é a única que surpreende. Nos últimos 12 meses, 27% dos líderes e 26% dos liderados receberam diagnóstico de estresse, ansiedade ou burnout.
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De acordo com o estudo, a maioria das empresas demonstra preocupação com a saúde mental dos trabalhadores por meio de palestras, campanhas de conscientização e até convênios de terapia online.
Mas ainda há uma cultura de silenciamento que impede os trabalhadores, especialmente em cargos de liderança, de demonstrarem fraqueza: 73% dos líderes não se sentiram à vontade para informar seus gestores sobre o uso de medicamentos, contra 33% dos liderados.
Já entre as pessoas que informaram sobre a medicação, somente 16% dos líderes e 19% dos liderados receberam acolhimento efetivo dos seus superiores. O restante afirmou não ter sido acolhido de forma adequada e alguns chegaram a enfrentar uma reação negativa ou punitiva.
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A pesquisa caminha com outro movimento entre os brasileiros. Entre 2013 e 2023, o atendimento psicossocial na rede pública cresceu mais de 50%, segundo o Boletim Radar Mais SUS N.2 do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS).
No mesmo período, também dobrou o consumo de medicamentos antipsicóticos – que servem para tratar distorção da realidade, causada por doenças como a psicose e a esquizofrenia.
Embora os dados possam significar maior conscientização sobre a saúde mental, as empresas responsáveis pela pesquisa acreditam que o aumento nos índices indica que o ambiente de trabalho tem adoecido as pessoas.
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Na publicação da pesquisa, as consultorias de recursos humanos afirmam que “as soluções precisam ir além da medicalização. Algo que exige mudanças na cultura organizacional, no modelo de gestão e nas relações humanas dentro das empresas”.
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