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Apesar de bonita e famosa, a água dessa praia pode causar sérios problemas à saúde | Fabrício Macedo/Wikimedia Commons
A Praia do Perequê, no Guarujá, chama atenção pela beleza, mas carrega um dado que preocupa. Ao longo de 52 semanas, ela foi considerada imprópria para banho em quase todas as medições e se tornou a mais poluída do litoral paulista.
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A informação vem da Cetesb, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, responsável pelo monitoramento da balneabilidade nas praias e rios.
Com a temporada de verão chegando, o tema ganha força e levanta dúvidas sobre segurança, saúde e os impactos da poluição no litoral paulista.
Segundo a Cetesb, o Perequê teve água imprópria em 98% das medições semanais. A classificação ocorre quando são detectadas mais de 100 colônias de enterococos em 100 ml de água por cinco semanas seguidas.
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No Perequê, esse padrão se repetiu 51 vezes em um ano. A presença dessas bactérias indica contaminação fecal e aumenta o risco de infecções ligadas ao contato direto com o mar.
O cenário se agrava com o fluxo intenso de visitantes. O aumento da circulação de pessoas e o descarte inadequado de resíduos prejudicam rapidamente a qualidade da água. O problema não é isolado: recentemente o litoral paulista registrou dezenas de praias impróprias para banho.
A Cetesb monitora semanalmente cerca de 175 praias no litoral paulista, sempre na área rasa, onde há maior concentração de banhistas. As amostras definem se a água está própria ou imprópria para banho.
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Em 2025, levantamento apontou que dezenas de praias foram consideradas impróprias, evidenciando a dificuldade de manter a qualidade da água diante do volume crescente de visitantes e pressões ambientais.
O contato com águas contaminadas expõe banhistas a vírus, parasitas e bactérias. A contaminação por bactérias pode levar até dez dias para ser confirmada, enquanto vírus e parasitas costumam ser detectados mais rapidamente.
Os sintomas mais comuns incluem vômitos, diarreia, febre, dores no corpo e desidratação. Muitos dos surtos registrados na virada do ano no litoral paulista estão ligados a banhos em praias classificadas como impróprias.
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Para reduzir riscos, é recomendado checar o boletim de balneabilidade antes de entrar no mar, observar a higiene dos quiosques e armazenar corretamente alimentos e bebidas durante a estadia na praia.
As praias monitoradas recebem uma placa atualizada semanalmente pela Cetesb. Quando a água está própria, a cor verde indica segurança para banho. Se estiver imprópria, a placa fica vermelha e sinaliza risco de contaminação.
A sinalização orienta turistas e moradores e é uma das formas mais rápidas de comunicar as condições do mar. O sistema ajuda a prevenir surtos comuns nos meses de maior movimento.
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Mesmo simples, essa forma de alerta é considerada eficaz para orientar decisões mais seguras antes de entrar na água.
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