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O material pronto dispensa cimento e água, acelerando a finalização do seu projeto e aliviando o custo final | Freepik
A construção civil brasileira está passando por uma revolução silenciosa: a argamassa polimérica. Este novo tipo de massa para assentamento de blocos e outras finalidades está ganhando espaço em canteiros de obras de todo o País, prometendo mais eficiência e, principalmente, um alívio no bolso dos construtores.
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Feita com polímeros e cargas minerais, a mistura pronta dispensa cimento e betoneira, o que pode reduzir o custo final da obra em até 30%, conforme indicam estudos acadêmicos recentes.
A tecnologia, que está em ascensão, não só gera economia financeira, mas também diminui o impacto ambiental do projeto, contribuindo para um canteiro de obras muito mais limpo e sustentável.
A argamassa polimérica é, essencialmente, uma mistura pronta feita com polímeros e cargas minerais selecionadas. Dessa forma, ela elimina a necessidade de adicionar água e de usar betoneira no canteiro, tornando o processo de assentamento muito mais prático e rápido.
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Na prática da obra, os operários aplicam apenas dois finos cordões horizontais diretamente sobre os blocos. Contudo, é importante lembrar que a primeira fiada — aquela que nivela a base — ainda costuma ser assentada com argamassa comum para garantir o alinhamento perfeito.
O maior atrativo da argamassa polimérica é a economia real, que atinge tanto os custos quanto o prazo de entrega. Pesquisas já apontam que a tecnologia está transformando canteiros de obras pelo Brasil.
Um estudo realizado pela PUCRS em 2024 comparou duas obras no Rio Grande do Sul e revelou que o custo de assentamento caiu 17%. Além disso, o prazo de execução foi drasticamente reduzido, caindo de 46 para apenas 20 dias úteis no projeto analisado.
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Em certos cenários, o rendimento da massa pronta pode ser até 20 vezes superior ao da argamassa convencional, potencializando a produtividade da equipe e o desempenho no assentamento.
A sustentabilidade é um bônus importante para quem utiliza o material. Como não leva cimento em sua composição e quase não utiliza areia, a argamassa polimérica colabora diretamente para a redução da emissão de CO2 na atmosfera. Ela também minimiza a extração de areia dos rios.
Consequentemente, o canteiro de obras fica mais limpo, com menos entulho, menos desperdício de material e um impacto ambiental muito menor.
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Apesar de todos os benefícios, a argamassa polimérica exige atenção a alguns detalhes para garantir o sucesso da aplicação. O treinamento da mão de obra, por exemplo, é crucial para evitar falhas de nivelamento, já que as juntas são extremamente finas.
Os blocos, por sua vez, devem respeitar a tolerância de medidas para que as juntas sejam adequadas.
A ABNT NBR 16590 regulamenta o uso em alvenaria de vedação, e o projeto deve atender também aos critérios de desempenho da NBR 15575, que avalia a parede completa.
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No entanto, para paredes estruturais, a recomendação é seguir a NBR 16868, visto que ainda faltam ensaios específicos para este material nestes casos.
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