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Como funciona a técnica que pode reverter a progressão da osteoporose

Ativador do receptor GPR133 aumentou densidade e resistência óssea em modelos animais

Leonardo Siqueira

24/09/2025 às 18:00

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A perda óssea progressiva costuma ser silenciosa, por isso um médico deve ser consultado regularmente

A perda óssea progressiva costuma ser silenciosa, por isso um médico deve ser consultado regularmente | Tim Mossholder | Unsplash

Já imaginou diminuir os efeitos da osteoporose? Uma equipe de cientistas da Universidade de Leipzig identificou em modelos animais uma via capaz de estimular a formação óssea e frear a perda de massa. Segundo os autores, novos caminhos podem ser abertos para tratamentos capazes não só de conter, mas de reverter a osteoporose.

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O achado gira em torno do receptor acoplado à proteína G conhecido como GPR133. Em estudos genéticos com camundongos, alterações nesse receptor anteciparam sinais de rarefação óssea — padrões semelhantes aos observados em pacientes com osteoporose.

Maior densidade e resistência 

A partir dessa pista biológica, o grupo caracterizou uma molécula, batizada AP503, que ativa o GPR133. 

Em testes pré-clínicos, a substância aumentou a densidade e a resistência dos ossos tanto em animais saudáveis quanto em modelos experimentais da doença, oferecendo uma prova de conceito promissora para futuras terapias.

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Os autores destacam que a atual oferta de medicamentos para osteoporose tem limitações e que há demanda por fármacos seguros e de ação duradoura. 

Nesse contexto, a ativação do GPR133 surge como um alvo terapêutico com potencial para intervenções mais duradouras e adaptadas a diferentes perfis de pacientes.

Mecanicamente, a ativação desse receptor desencadeia uma cascata de sinais que favorece a atividade dos osteoblastos — células responsáveis pela formação óssea — e inibe os osteoclastos, encarregados da reabsorção. 

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Além disso, o receptor responde não apenas a sinais químicos, mas também a estímulos físicos, como o estresse mecânico associado ao movimento, o que reforça sua relevância fisiológica na manutenção do tecido ósseo.

Quem pode ser beneficiado?

Os potenciais beneficiários incluem mulheres pós-menopausa, homens idosos e populações com maior risco de perda óssea. 

Os pesquisadores também apontam que a ação do modulador AP503 pode ampliar benefícios além do esqueleto: estudos anteriores do mesmo grupo indicaram melhoria da musculatura esquelética, o que reduziria o risco de quedas e fraturas em idosos.

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“A ativação do GPR133 mostrou capacidade de fortalecer ossos e músculos, o que realça o potencial clínico desse receptor em populações envelhecidas”, afirma Juliane Lehmann, pesquisadora do Instituto de Bioquímica Rudolf Schönheimer para a revista Nature.

A equipe liderada por Ines Liebscher já trabalha em projetos complementares para aprofundar o entendimento do papel do GPR133 e avaliar efeitos a longo prazo. 

Os próximos passos incluem estudos de segurança e validação clínica que sejam capazes de transformar os resultados pré-clínicos em estratégias terapêuticas testadas em humanos.

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Se confirmados em ensaios clínicos, esses achados podem redesenhar a abordagem terapêutica da osteoporose, oferecendo alternativas para prevenção primária e para a reconstrução de ossos fragilizados. 

Um avanço relevante diante do aumento da expectativa de vida e da consequente elevação do número de fraturas relacionadas à perda óssea.
 

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