Planta usada como brincadeira por crianças pode ajudar no fígado, rins e desinchar o corpo

Visto por muitos apenas como mato, o dente-de-leão reúne compostos capazes de apoiar a desintoxicação do organismo e a redução do inchaço. Presente na fitoterapia há séculos, ele voltou ao centro das atenções por sua ação diurética e por estimular funções essenciais do fígado.

Como o dente-de-leão age no fígado e no inchaço

O dente-de-leão concentra substâncias amargas, flavonoides e antioxidantes que estimulam diretamente a produção de bile, fluido essencial para a digestão das gorduras e para a eliminação de resíduos metabólicos pelo fígado. Esse estímulo torna o trabalho hepático mais eficiente no processamento das toxinas do dia a dia.

Ao mesmo tempo, a planta atua como diurético natural. Isso significa que ela aumenta a produção de urina, facilitando a eliminação de água, sódio e outras substâncias que, quando acumuladas, favorecem o inchaço e a sensação de peso no corpo.

A combinação desses dois efeitos, suporte ao fígado e aumento da diurese, explica por que o dente-de-leão é frequentemente associado ao alívio de edemas leves e à melhora da circulação de líquidos no organismo.

Papel na drenagem linfática e desintoxicação geral

O sistema linfático é responsável por transportar líquidos, gorduras e substâncias de defesa pelo corpo, além de remover resíduos entre as células. Quando esse fluxo se torna lento, surgem sinais como inchaço, fadiga e maior predisposição a infecções. Ao estimular a eliminação de líquidos pelos rins e apoiar o fígado no processamento de toxinas, o dente-de-leão favorece, de forma indireta, a fluidez do sistema linfático.

Na prática, isso se traduz em sensação de desinchaço, melhora do conforto abdominal e redução do peso corporal relacionado à retenção hídrica, especialmente quando o uso da erva é associado a boa ingestão de água e alimentação equilibrada.

Formas de consumo e cuidados necessários

O dente-de-leão pode ser utilizado em chás, extratos, cápsulas ou até em preparações culinárias com as folhas jovens. A forma mais comum para drenagem e desintoxicação é o chá, preparado a partir das folhas ou da raiz seca.

Apesar de ser uma planta de uso tradicional, o consumo não é indicado para todos de forma indiscriminada. Pessoas com doenças renais, problemas no fígado, alterações da vesícula biliar ou que fazem uso de medicamentos diuréticos e anti-hipertensivos devem buscar orientação profissional antes de utilizar.

O uso seguro também envolve respeitar o tempo de consumo, observar possíveis efeitos gastrointestinais e optar por produtos de procedência confiável, com identificação correta da planta.

Dente-de-leão na rotina de saúde e bem-estar

Em meio à busca crescente por soluções naturais, o dente-de-leão passou a integrar rotinas de bem-estar como um recurso complementar para o cuidado do fígado e para a redução do inchaço ocasional.

Especialistas ressaltam, porém, que seus efeitos são mais consistentes quando combinados a hábitos como boa ingestão de água, prática regular de atividade física e alimentação rica em fibras, frutas e vegetais.

Assim, a planta deixa de ser vista apenas como uma erva espontânea de quintais para ocupar um espaço estratégico dentro de uma abordagem mais ampla de equilíbrio do organismo e saúde metabólica.